Concessão para melhoria do Parque Ney Santos Arruda passa por revisão

INFRAESTRUTURA

Concessão para melhoria do Parque Ney Santos Arruda passa por revisão

Contrato firmado entre prefeitura de Lajeado e a empresa Urbanes Parques está paralisado desde as cheias de maio. Município garante recuperação do espaço

Concessão para melhoria do Parque Ney Santos Arruda passa por revisão
Parque fica às margens do Rio Taquari e fica suscetível a novas cheias. (Foto: Bibiana Faleiro)
Lajeado

Construído para oferecer mais uma opção de lazer aos moradores de Lajeado, o futuro do Parque Ney Santos Arruda passa por revisão. Atingido pelas três últimas grandes enchentes desde setembro do ano passado, o espaço ainda apresenta rastros das catástrofes.

No início deste ano, o município e o Urbanes Parques, firmaram contrato para concessão do parque à empresa de Santa Maria. Depois das cheias de maio, contrato foi paralisado e passa por reavaliação.

A empresa é considerada uma das maiores “concessionárias administradoras” de parques públicos e privados do Brasil, e foi contratada para executar a exploração “comercial e de convivência” da área, que fica às margens do Rio Taquari.

Fundador da Urbanes, Helio Militz garante que o contrato permanece assinado. Um projeto para a melhoria do parque já estava pronto e seria apresentado na semana das cheias, no início de maio. “Conversamos com a prefeitura e decidimos paralisar o contrato por um período para reavaliar o projeto daqui a algum tempo”, afirma.

Desafios

Mesmo antes das enchentes deste ano, um dos maiores desafios do projeto era criar uma estrutura resistente às cheias. O parque já havia sido duramente atingido pela catástrofe em setembro de 2023.

O contrato entre prefeitura e Urbanes era de 10 anos, com investimento de R$ 1,5 milhão, firmado em fevereiro deste ano. A iniciativa previa, no mínimo, cinco opções de gastronomia, entre bares, cervejarias, cafés, lancherias, pizzarias, confeitarias, sorveterias, restaurantes, áreas de lazer e espaços de feira e música ao vivo.

O Executivo cobrava baixo impacto sobre fauna, flora, água e solo, geração de emprego, e uso de inovações para reduzir a pressão sobre os recursos naturais.

Reforma

Secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura, André Bücker afirma que mesmo com o contrato suspenso, o município se compromete em reformar a praça. Os primeiros passos incluem a reconstrução dos brinquedos e o círculo das águas.

“Depois, quando for colocado tudo em ordem, colocado em funcionamento de novo, se analisa a sequência do contrato de concessão”, afirma. Bücker ainda ressalta que a área em que estavam projetadas as intervenções da Urbanes não havia construções e os terrenos continuam abertos.

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