Após dois meses no vermelho, Vale tem saldo positivo de 319 em julho

EMPREGO e renda

Após dois meses no vermelho, Vale tem saldo positivo de 319 em julho

Relatório do Caged mostra que Teutônia foi a cidade que mais gerou emprego no mês passado, com 96 postos criados

Após dois meses no vermelho, Vale tem saldo positivo de 319 em julho
Foto: Arquivo A Hora
Vale do Taquari

Depois de amargar mais de 2 mil postos de trabalho fechados em maio, e outros 362 em junho, os números da empregabilidade no Vale do Taquari mostram sinais de recuperação. Em julho, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ligado ao Ministério do Trabalho, a soma dos 38 municípios apontam para saldo positivo de 319 postos.

O destaque positivo fica por conta do desempenho de Teutônia e ficou na primeira posição no Vale em julho. Foram 680 admissões no mês passado e 584 desligamentos. No saldo, 96 postos criados.

Após ter sofrido um revés devido a crise na cooperativa Languiru, desde o início do ano a cidade tem chamado atenção devido aos investimentos privados. Empresas de diferentes portes se instalaram em Teutônia, conta o presidente da Câmara da Indústria e Comércio do município, Renato Scheffler.

“Aqui faltam pessoas para trabalhar. Desde o início do ano já percebemos isso. Depois do baque da Languiru, o mercado interno se reajustou”, diz o empresário. De acordo com Scheffler, a inundação de maio gerou migração para Teutônia.

Também se destacaram Arroio do Meio, com 87 postos criados, seguido por Encantado, com saldo positivo de 48. Duas cidades atingidas pela catástrofe de maio, a análise dos governos é que esse resultado, ainda que discreto, é importante pois demonstra uma reorganização das cadeias produtivas, com uma tendência de avanço na empregabilidade.

Diferenciais

A infraestrutura básica, na garantia da energia elétrica e abastecimento de água, são dois pontos relevantes na escolha dos empreendedores, afirma Renato Scheffler. De acordo com ele, enquanto algumas cidades da região chegaram a ficar mais de duas semanas sem eletricidade, Teutônia continuava dentro da normalidade.

“Não tivemos problemas tão sérios. As empresas continuaram o trabalho”, diz. Outro fator é a logística. “Por Teutônia é possível transitar entre os maiores centros consumidores do Estado. Temos ligação por terra com a serra e com Porto Alegre. Também é possível acessar a BR-386 em trechos onde não houve interrupção.”

Análise regional

Integrante da diretoria da Câmara da Indústria e Comércio da região (CIC-VT), Ivandro Rosa, destaca que, apesar da retomada, o resultado geral ainda indica efeitos da catástrofe climática, em especial sobre municípios da parte alta. “Alguns podem ter relação com sazonalidade.”

Do total de 38 cidades, foram 20 com saldo positivo. No entanto, com uma geração tímida. “O crescimento não é muito expressivo. Mesmo em Teutônia, com 98, não se trata de uma aceleração vertiginosa. O ponto positivo, é que estamos em uma crescente.”

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