Nessa sexta-feira, 23, o programa Frente e Verso deu início as sabatinas com os candidatos das principais cidades do Vale do Taquari. Com o objetivo de aprofundar as discussões e destacar os planos de governo, as entrevistas serão realizadas diariamente, o que permitirá que os ouvintes conheçam melhor as propostas de cada concorrente. A ordem dos participantes foi definida por sorteio. O primeiro a ser entrevistado foi Ramon Kern de Jesus Silva (PT), candidato a vice-prefeito de Taquari, que substituiu o candidato a prefeito, Luiz Carlos Costa Santos, ausente por motivos de saúde.
O que é sabatina?
A sabatina é uma entrevista individual com um candidato a cargo público. No encontro, o postulante é questionado sobre suas ideias e propostas em relação a diversos temas, como questões políticas, sociais e econômicas. O objetivo é auxiliar o eleitor a avaliar as competências e conhecimentos dos candidatos para a tomada de decisão.
Entrevista
Ramon Silva • Candidato de Taquari
Nos últimos 12 anos, Taquari se preocupou em retomar o protagonismo do município, mãe de todo o Vale. No teu ponto de vista, o que a cidade precisa para acelerar ainda mais esse protagonismo e atrair investimentos econômicos?
Nós precisamos de mais agilidade nos projetos. Se vocês notarem, Taquari deu um grande salto quando esteve alinhado com o governo federal, estadual e municipal. Foram nesses anos que conseguimos o corpo de bombeiros, as especialidades do hospital que nós perdemos, aterrados, a própria reforma da Aleixo Rocha (ERS-436). Quando estivemos alinhados em tudo, foi quando Taquari deu o grande salto. Só que nós precisamos ser mais ágeis no sentido de elaboração de projetos. Precisamos aproveitar que o Maneco está lá dentro. Agora, com a nossa coligação temos membros de Taquari que estão dentro do governo, só que para tudo precisa projeto. Vou dar o exemplo da enchente, em que teve determinados momentos que faltou projetos . Temos a ponte do Capão, com recursos já empenhados, e ainda não foi feita.
De que forma você pretende agilizar os projetos?
Para agilizar, é preciso ter uma equipe de projetos especializada ampliada. Hoje ela existe, mas precisa ser ampliada. O mesmo engenheiro e arquiteto que fazem o projeto para ser colocado no sistema no governo federal e do estado, são os mesmos que analisam a questão burocrática do dia a dia. Não pode. Especialmente captação de recursos ágeis.
Taquari foi duramente afetada com a enchente. Qual é o plano de governo? O que vocês pensam em fazer para dirimir o tamanho dos impactos e prejuízos?
Nós temos que trabalhar lá por bairro. Primeiramente, o mais afetado, que é o bairro Praia. É necessário, urgentemente, resolver a remoção de parte da população e o projeto das casas, que ainda não deu andamento. O bairro Passo da Aldeia é o único de Taquari que dá para construir um dique. Então, nós temos como dar mais tempo, mais prazo e segurança ao bairro. O Rincão que foi um dos que as pessoas perderam mais coisas. Com uma obra nós damos uma sobrevida de dois dias para a comunidade. Fazer um levante do pontilhão, que chamamos de buerão, para dar tempo de eles saírem. São comunidades que temos que fazer uma série de obras para dar mais tempo.
O Grupo A Hora publicou no mês de abril de 2024, que Taquari zerou a fila da educação infantil. Tendo essa situação de creche encaminhada e resolvida, qual é a demanda mais emergente na área da educação?
Quando tu fala em zerar vaga em creche, nós temos que dar condição ao professor, ao cuidador, e a própria criança para seu desenvolvimento. Não adianta zerar vagas em creche e acumular em salas pequenas muitas crianças. Hoje, temos uma reclamação gigante por parte dos professores que há muitos bebês para poucas pessoas. O profissional também precisa de condição para isso. Então, as escolas precisam de reformas. Somente zerar vaga em creche, sem condições, não é permitido. Essa é nossa proposta de fazer ampliação das escolas para dar condições dos professores de absorver essas crianças. E, se for o caso, negociar vagas na iniciativa privada para não haver esse acúmulo enquanto não se faz as obras necessárias no município.