Estado promete sede regional da Defesa Civil para Lajeado

PLANO RIO GRANDE

Estado promete sede regional da Defesa Civil para Lajeado

Iniciativas e demandas de reconstrução da região foram apresentadas na sexta-feira em encontro do Conselho do Plano Rio Grande

Estado promete sede regional da Defesa Civil para Lajeado
Encontro com líderes regionais ocorreu na Univates. Entre as promessas, uma sede própria da Defesa Civil para o Vale. (Foto: Henrique Pedersini)
Vale do Taquari

O Conselho do Plano Rio Grande se reuniu em Lajeado na tarde de sexta-feira, 23, para debater as demandas de reconstrução e resiliência climática do Vale do Taquari. Durante o encontro, que ocorreu no auditório do prédio 7 da Univates, o vice-governador e presidente do Conselho, Gabriel Souza, anunciou a construção de uma sede regional da Defesa Civil para a região. A unidade ficará alocada em Lajeado.

“A Assembleia Legislativa já aprovou uma lei que concede mais servidores à Defesa Civil estadual. Hoje nós temos 39 servidores e iremos para 169. Todos eles militares que vão trabalhar para fortalecer as defesas civis locais”, revela Gabriel. A sede será o local destinado a armazenar os equipamentos de resgate e estabelecer as salas de monitoramento. “É uma sede para que possamos ter condições de construir soluções em conjunto, de maneira colaborativa, com todas as cidades”.

A atividade do Plano Rio Grande foi coordenada de forma conjunta pela Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e a Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat). Também estiveram presentes gestores públicos dos municípios do Vale e de entidades regionais, além do secretário-executivo do Plano Rio Grande e ex-presidente da Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs), Paulinho Salerno.

Recuperação de pontes e rodovias

O governo gaúcho investirá cerca de R$ 1 bilhão para recuperar as pontes e rodovias em todo estado. No Vale do Taquari, as atenções se voltam para as pontes sobre na ERS-130, entre Lajeado e Arroio do Meio; na ERS-332, entre Encantado e Arvorezinha; e na ERS-433, entre Relvado e Encantado.

“Essas reconstruções de pontes demandam estudo técnico e projetos de engenharia. Vamos ter que fazer pontes maiores, mais robustas e mais altas, o que também demandará impactos nas rodovias”, afirma o vice-governador.

Os pontos de bloqueio nas rodovias do Vale do Taquari estão entre as 30 obras prioritárias do estado, sendo que para a ERS-129, entre Colinas e Roca Sales, serão investidos R$15 milhões. Já no trecho entre Muçum e Vespasiano, o governo do estado atribuirá R$9 milhões, destinados a instalação do novo pavimento e estrutura complementar.

Os outros trechos que devem receber melhorias incluem as ERS-332, 421, 422, 431, 433 e 444.

Malha ferroviária

A Rumo Logística, concessionária responsável pela malha ferroviária do estado, solicitou uma nova data para apresentação do diagnóstico. De acordo com Gabriel, o novo prazo é 02 de setembro. “A Rumo é a única concessionária, de qualquer setor que foi atingido pela calamidade, que não entregou até hoje, dia 23 de agosto, nenhum diagnóstico”, destaca.

O vice-governador afirma que realiza reuniões periódicas com o secretário nacional de ferrovias, Leonardo Ribeiro, o qual também se sente desrespeitado pela falta de informação da concessionária e a incerteza do cenário. A Rumo havia agendado a reunião do diagnóstico para o dia 19 de agosto, mas cancelou na última sexta-feira, quando solicitou o novo prazo.

A ausência de informações impede que o governo do estado compreenda plenamente a situação da malha ferroviária, crucial para a retomada da economia e turismo no Vale. Hoje, o RS não tem conexão com o resto do país por trem, devido a interrupção da malha ferroviária.

“É impressionante o desrespeito da Rumo com o estado do Rio Grande do Sul. É um desrespeito com os gaúchos, porque o patrimônio não é da Rumo, é da União Federal que está concedido a uma empresa privada”, desabafa Gabriel.

Melhorias no monitoramento

Radares hidrometeorológicos e equipamentos serão instalados em pontos estratégicos do território gaúcho, em parceria com a CPRM, estatal de geologia, para auxiliar na qualificação da previsão de eventos climáticos.

Além disso, haverá investimento em equipamentos para as forças de segurança, corpo de bombeiros, brigada militar, polícia civil e defesa civil.

Solicitações regionais

As entidades do Vale do Taquari encaminharam um documento com o levantamento de demandas regionais ao Plano Rio Grande. Confira alguns dos tópicos abordados:

Agronegócio
• Anistia de dívidas
• Moradias rurais
• Crédito para custeio e investimento

Rodovias, pontes e aeroportos
• Conexões entre o Vale do Taquari e outras regiões do estado
• Recuperação de trechos e acessos
• Desassoreamento do rio

Habitação
• Construção de 5 mil novas moradias

Indústria, comércio e serviço
• Linhas de financiamento adequadas às necessidades territoriais e por tipo de negócio

Plano para o desenvolvimento
• Restabelecimento e ampliação logística
• Ampliação das infraestruturas, como estradas e linhas de transmissão

Cadeia produtiva
• Apoio a agricultura familiar
• Fortalecimento do Programas de Aquisição de Alimentos – PAA
• Fortalecimento da assistência técnica
• Apoio e reforço orçamentário aos municípios para recomposição da infraestrutura

Otimização e resiliência para enchentes
• Obras estruturais para contenção das cheias
• Criação de um Plano de Contingência Regional e Municipal
• Fortalecimento da estrutura de assistência social e de saúde
• Identificar ou revisitar as áreas de preservação permanente

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