“O cristianismo, se for falso, não tem valor, se for verdadeiro, tem valor infinito. A única coisa que lhe é impossível ser é ser ‘mais ou menos’ importante”. (C.S. Lewis).
Aprendi a gostar de leitura desde criança, lendo revistas em quadrinhos. Meus heróis eram o Super Homem, o Tarzan, o Zorro, entre outros conhecidos, hoje destruídos por quem detém os direitos sobre suas histórias.
A igreja católica era contra essas leituras. Meu pai e minha mãe eram católicos praticantes. O pai chegou a ser presidente do Centro da Juventude Católica São Luiz, lá pelo ano de 1937. No entanto, eles nunca me proibiram de ler essas revistas ou me forçaram a frequentar missas ou cultos religiosos.
Passado o tempo, afastei-me da igreja e de seus cultos por opção pessoal. Mas mesmo conhecendo os erros que a Igreja cometeu no andar da história, nunca perdi o respeito pelos acertos que realizou.
Citei a frase de C.S Lewis porque ele foi ateu por um tempo, em parte por causa de sentimentos fortemente negativos que tinha desde a infância na relação com seus pais. Nunca tive essa relação negativa com os meus, pelo contrário. O que quero dizer com isso tudo, aqui, é afirmar que na nossa vida, a família é a base de tudo o que somos.
Mas fiz toda essa introdução para falar de outra coisa: a abertura das Olimpíadas em Paris deste ano. Ao ver a deturpação da Santa Ceia fiquei indignado. Desliguei a televisão e daí em diante nunca mais vi qualquer coisa que se relacionasse com o evento. Aquela afronta inicial contra todos os cristãos foi grosseira, desnecessária, inoportuna, asquerosa, grotesca. Por que esses valentes não fazem isso contra Maomé? Sabemos a resposta. E é nisso que resulta oferecer a outra face.
Para os crentes, o significado bíblico da Santa Ceia tem sentido sagrado. Ali, Jesus Cristo praticamente fundou a sua igreja. Ali, já sabendo que seria traído e morto, ofereceu o seu corpo e o seu sangue pela salvação da humanidade. Foi a ceia do perdão antecipado.
Os comunistas, hoje autodenominados de “progressistas”, ao constatarem que a revolução de Karl Marx nunca seria feita pelos operários, como ele imaginou, resolveram atacar em todas as direções. Infiltraram-se em todas as instituições com o objetivo de destrui-las por dentro. E assim fizeram com a educação, com a imprensa, com a justiça, com a política, com a religião, com a divisão da sociedade posicionando negros contra brancos, ricos contra pobres, todos, uns contra os outros, e justificam isso com a falsa defesa de direitos humanos.
A Escola de Frankfurt, fundada em 22 de junho de 1924, na Alemanha, inspirada em pensadores como Kant, Hegel, Marx, Freud, Weber, Lukás, e intelectuais como Theodor Adorno, Max Horkheimer, Herbert Marcuse, Erich Fromm, Walter Benjamin e Jürgen Habermas, criou uma nova interpretação do marxismo, da sociologia e da política, isso já no início do século XX. E eu confesso que quando era adolescente lia esses caras com avidez. Eles levaram 100 anos, mas conseguiram atingir seus objetivos: estão destruindo tudo, de dentro para fora.
Como se pode sentir, o que nos resta ainda é a família (e as igrejas cristãs que a defendem), que estão sob fortíssimo ataque diante da liberação geral dos costumes. Se perdermos a família perderemos tudo.
Vendo a cena da abertura das Olimpíadas de Paris lembrei de um ditado polonês que diz o seguinte: “Observe a face dos que se curvam muito”. Significa que os que se curvam muito, olham apenas para o chão, não olham para o alto.
É preciso resistir, pois, com todas as nossas forças.