Lá em fevereiro, quando anunciava reforços e prometia brigar por todos os títulos do ano, o colega Rodrigo Vedoy disse em um A Hora Gre-Nal que tinha medo do que o futuro poderia apresentar ao Colorado. Todos rimos, não fazia sentido pensar em rebaixamento antes mesmo do ano começar. Passaram-se seis meses e é esta a atual briga do clube.
Mais do que dentro de campo, o Inter vive problemas administrativos. O presidente Alessandro Barcellos não tem mais quem demitir, pois já trocou todo o departamento de futebol e até o executivo. O único que permanece desde o início da atual e das útlimas temporadas é ele. Hoje, é impossível pensar que Barcellos teria 5% de aprovação em uma nova eleição.
Dentro de campo a troca de Coudet por Roger Machado ainda não surtiu efeito. Roger perdeu a estreia para o Botafogo, quando recém havia chegado, e soma quatro empates em sequência. Mais do que não mostrar evolução em campo, o técnico precisa lidar com chegadas e saídas de atletas.
Em comparação ao “Inter ideal” do início do ano, Roger chegou e perdeu todo o lado direito do time. Bustos, Vitão, Aránguiz e Maurício foram embora. Todos titulares. O Inter enfrenta o Juventude hoje à noite, e nem lateral-direito de origem tem. Precisará improvisar Rômulo ou Bruno Gomes.
Aquele elenco competitivo e que iria brigar por tudo no início do ano está desfeito. Hoje o Inter tem um time e um elenco comum. Precisa voltar a vencer depois de 12 jogos e não é apontado como favorito contra praticamente nenhum adversário do Campeonato Brasileiro.
Contratações estão chegando, até o momento apenas o zagueiro Rogel e o meia-atacante Bruno Tabata, bons nomes mas que podem sentir o peso de voltar ao calendário do futebol brasileiro. Enquanto isso, técnico, jogadores, torcida e direção precisam milagrosamente voltar ao caminho das vitórias, enquanto o clube vive um eterno “trocar pneu com o carro andando”.