Coordenadora pede protocolos de saúde nos planos de contingência

APÓS ENCHENTES

Coordenadora pede protocolos de saúde nos planos de contingência

Responsável pela 16ª CRS, Rafaela Fagundes, citou a necessidade de planejar transporte de pacientes e armazenamento em local de seguro de medicamentos e oxigênio durante catástrofes climáticas

Coordenadora pede protocolos de saúde nos planos de contingência
Rafaela completou dois anos na função (Foto: Henrique Pedersini)
Vale do Taquari

Em um período de construção dos modelos de governo e debate constante sobre ações para mitigar os efeitos das catástrofes climáticas, a coordenadora regional de Saúde, Rafaela Fagundes, reivindicou a inclusão de protocolos voltados à saúde nos planos de contingência dos municípios. A avaliação ocorreu em entrevista ao Conexão Regional da Rádio A Hora.

Conforme a gestora, durante as enchentes de 2023 e maio deste ano algumas das situações mais desafiadoras estão relacionadas a saúde, como reposição de oxigênio em hospitais, transferência de pacientes que estavam internados e procedimentos para pessoas acometidas de câncer ou que necessitam de diálise diária e se deslocam até o Hospital Bruno Born (HBB) a partir de outras partes do Vale. “O topo das prioridades é sensibilizar a gestão municipal de estabelecer plano de contingência específico para saúde. Precisamos de um modelo que possa ser posto em ação a partir do momento em que ocorrerem as urgências”, define.

A representante da coordenadoria analisa que, apesar do volume de água ter sido maior em maio de 2024, o desafio maior foi a inundação de setembro. “A gente não tinha nenhuma preparação, todas as coisas ocorreram ao mesmo tempo. A nossa referência era uma cota bem menor do que foi, o caos se deu na madrugada. Em maio a gente tinha uma base do que aconteceu no ano passado”, relembra.

O HBB é referência para atendimentos de pacientes com câncer e junto com a unidade de Estrela são as prioridades quanto a maternidade e ainda aos que precisam de diálise. Outra preocupação é com os medicamentos e vacinas que foram levados pela água ou estragaram pela falta de energia elétrica.

 

Dois anos na coordenadoria

Em agosto, Rafaela completa dois anos no cargo de coordenadora regional. Entre os desafios no período estiveram a sequência da vacinação para a Covid-19, os casos de dengue e as enchentes. Sobre as atividades, a gestora entende que tenha sido um dos momentos mais turbulentos na região em função de crises causadas pelo combate à dengue e as inundações. “São 37 municípios com cultura diferente, pessoas de diversos lugares, novos problemas… Nossa equipe hoje conta com cerca de 30 pessoas, no passado era mais de 50 servidores, o que é um desafio para atender a grande demanda de políticas implantadas nos municípios”, especifica.


Aumento nos casos de dengue

Nos últimos anos, a 16ª CRS foi a que mais registrou casos de dengue entre todas as regiões do estado. A coordenadora cita que a doença será um problema contínuo para o Vale do Taquari em função da necessidade de cuidados permanentes. “Em contrapartida os óbitos diminuíram. No ano passado foram 14 mortes e em 2024 registramos três pessoas que faleceram, em função do mosquito aedes aegypti”, explica.

Sobre a vacinação, Rafaela ressalta que os pedidos para o governo federal por imunizantes para o Rio Grande do Sul e, em específico para a região, continuam, entretanto poucas doses foram destinadas para pontos específicos do estado.

Assista a entrevista completa:

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