Palhaços Sem Fronteiras faz capacitação com Clown de Lajeado

Risos que transformam

Palhaços Sem Fronteiras faz capacitação com Clown de Lajeado

Encontro com grupo de São Paulo ocorreu nesta sexta-feira e sábado, e reuniu cerca de 20 voluntários

Palhaços Sem Fronteiras faz capacitação com Clown de Lajeado
Foto: Jéssica R Mallmann

O grupo Palhaços Sem Fronteiras Brasil (PSFB), de São Paulo, esteve em Lajeado neste final de semana, 9 e 10, para uma missão especial: capacitar o Projeto Clown – E Seu Sorrir, da Univates. Em meio aos desafios enfrentados no Vale do Taquari, o PSFB trouxe não apenas alegria à região, mas também metodologias e ferramentas poderosas para que o Clown possa transformar o cenário social através do riso e empatia.

Organização social, sem fins lucrativos, o Palhaços Sem Fronteiras promove atividades pedagógicas e espetáculos profissionais em regiões que se encontram em vulnerabilidade social ou crise humanitária. Por meio do programa “Emergência do Riso”, o grupo atua em todo o país para amparar crianças e famílias atingidas por emergências. Segundo a gestora de projetos do PSFB, Aline Calahani, as ações permitem que jovens e adultos criem memórias afetivas e positivas, mesmo diante de cenários traumáticos.

“Devido ao fato do RS ter passado pela situação climática dos últimos meses, escolhemos fazer intervenções locais. Mas como estratégia, realizamos duas oficinas de formação em nossa metodologia para colaborar com subsídios artísticos aos voluntários e artistas”, enfatiza.

Apesar do PSFB não atuar em ambientes hospitalares, como o Clown – E Seu Sorrir, o grupo veio a Lajeado por acreditar no potencial dos voluntários e no serviço prestado à região. “Sem dúvida, é um trabalho muito importante para saúde física e mental. Vimos que o Clown faz este trabalho de maneira bastante dedicada e humana”, destaca Aline.

O treinamento

Foto: Jéssica R. Mallmann

A formação abordou as metodologias “O jogo como ferramenta pedagógica” e “Liderando através de risos e jogos”, atividades lúdicas que têm como base o Teatro do Oprimido. Ou seja, são destinadas a artistas que possuem noção de palhaçaria e outras habilidades cênicas e circenses.

Segundo a coordenadora do Clown – E Seu Sorrir, Marinês Rigo, nos dois dias de treinamento o grupo pode aprimorar habilidades como criatividade, desinibição, escuta e olhar afetivo. Bem como exercitar a imaginação.

“Como possuímos o mesmo objetivo, alinhamos uma forma de nos conhecermos e de aprendermos com eles. Acreditamos que são momentos de muitas trocas e aprendizado”, afirma.

Marinês explica que as oficinas habilitam o Clown a realizar atividades artísticas e socioeducativas em diferentes situações. O intuito é melhorar a qualidade de vida das pessoas envolvidas, promovendo ações de cuidados em saúde mediante a arte clown.

E Seu Sorrir!?

Foto: Jéssica R. Mallmann

Projeto de extensão da Universidade do Vale do Taquari, o Projeto Clown – E Seu Sorrir tem por objetivo a formação de doutores palhaços, que promovem ações de cuidados em saúde por meio de visitas a ambientes hospitalares. Nesta iniciativa, o humor é usado como terapêutica.

“O projeto possui o papel de ressignificar o ambiente hospitalar e as incertezas e medos ocasionados por ele, resultando em uma transformação positiva de situações e sentimentos”, explica a coordenadora. Criado em 2016, o Clown atua como um promotor de bem-estar e de melhoria da qualidade de vida dos pacientes hospitalizados.

Palhaços Sem Fronteiras

O PSF do Brasil está presente em todo o país, com uma rede de 80 palhaços. No entanto, a organização tem atuação mundial, sendo que sua fundação remonta ao ano de 1993, quando o artista catalão Tortell Poltrona foi convidado a realizar uma expedição no campo de refugiados na Croácia por um coletivo de educadores que desenvolviam um programa pela paz nas escolas da Catalunha, que encontrava-se em situação de guerra.

Tal experiência fundamentou as bases para a constituição da entidade, pois demonstrou a necessidade e a importância da realização de atividades artísticas e socioeducativas para populações durante e pós-conflitos. Depois disso, artistas de diversos países passaram a realizar trabalhos similares, fazendo com que a ideia se difundisse e com que instituições locais fossem fundadas com as mesmas diretrizes.

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