Em um cenário marcado pela constante evolução e transformação, o debate sobre soluções para mitigar os efeitos do envelhecimento tem se intensificado. Uma das iniciativas em destaque é o projeto Rumo, cujo principal objetivo é analisar o interesse das empresas em investir em treinamentos. De acordo com dados recentes, aproximadamente 56% das empresas buscam parcerias para desenvolver programas de capacitação, destacando a crescente preocupação com a preparação e requalificação de seus colaboradores em um ambiente dinâmico.
No setor educacional, as discussões também reforçam a necessidade de reformular o modelo de ensino. Conforme o superintendente Regional do Sesi-RS, Juliano Colombo, o complexo educacional que será inaugurado ainda neste ano em Lajeado, reflete o compromisso com a qualidade educacional e a busca por um modelo mais adequado às demandas contemporâneas. “A crítica é clara, o atual sistema não prepara adequadamente os jovens para enfrentar um mundo em constante mudança. No Brasil, como em muitos lugares, dois terços dos jovens deixam o ensino médio sem as habilidades necessárias para o mercado de trabalho, um problema que ecoa globalmente”.
O foco na preparação para exames como o Enem também é questionado, pois o mundo evolui rapidamente e a capacidade de adaptação e o desenvolvimento de habilidades práticas são essenciais. “O objetivo não deve ser apenas formar para o vestibular, mas capacitar os jovens para escolhas diversas, incluindo o empreendedorismo”.
No âmbito corporativo, a preocupação se volta para a capacitação contínua dos colaboradores existentes. “Com uma população jovem em declínio e um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, atrair e reter talentos torna-se uma prioridade estratégica”. Colombo destaca ainda que a necessidade de novas habilidades é evidente, com cerca de 800 mil trabalhadores no Rio Grande do Sul sem ensino médio completo, sendo que a maioria pode se beneficiar de programas de capacitação adaptados às demandas atuais.
Além disso, outra questão é citada, a relevância do diploma. “Muitos acreditam que habilidades práticas e competências são mais valiosas do que certificados formais desatualizados. “Na minha concepção, não adianta mais diploma sem saber. É melhor saber sem ter diploma do que ter diploma sem saber. Para nós como pessoas, muitas vezes é difícil aceitar isso”.
Assim, em um mundo onde a velocidade das mudanças define o sucesso, a capacitação contínua e a adaptação às novas exigências são essenciais tanto para indivíduos quanto para organizações. “O desafio agora é implementar soluções eficazes que preparem as pessoas não apenas para os desafios atuais, mas também para os futuros desconhecidos que aguardam”.
Acompanhe a entrevista na íntegra