Busca pela prefeitura: 88 pré-candidatos e 7 pré-candidatas no Vale

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Busca pela prefeitura: 88 pré-candidatos e 7 pré-candidatas no Vale

A discrepância no número de homens e mulheres entre os postulantes ao cargo de prefeita (a) leva a crer que dificilmente vamos alterar o cenário atual nas prefeituras do Vale do Taquari. Hoje a região só possui uma mulher à frente de uma administração municipal, em Poço das Antas. E com 88 pré-candidatos contra apenas sete pré-candidatas, reforço, é difícil imaginar mudanças nesta incomoda e retrógrada realidade.

Um cenário que deve se repetir, também, em âmbito estadual e nacional, infelizmente. Nos últimos anos, é bem verdade, diversos movimentos foram executados para tentar equilibrar a administração pública. Hoje, por exemplo, há a obrigatoriedade de um mínimo de candidaturas femininas em cada sigla, e também é previsto que parte do fundo eleitoral seja direcionado às mulheres. Mas os avanços são tímidos. E boa parte da culpa é dos partidos e caciques políticos, que têm um papel importante na seleção e promoção de líderes femininas, mas insistem em não priorizar a necessária inclusão e o não menos crucial equilíbrio entre gêneros.

(Foto: Arquivo A Hora)

Disputas acirradas

Os pleitos de Estrela e Teutônia prometem fortes emoções aos eleitores. Em ambas as pujantes cidades os líderes partidários conseguiram a proeza de incluir cinco pré-candidaturas a prefeito (a) nas urnas. E o tabuleiro gerou uma miscelânea de siglas, ex-aliados e ex-adversários.

Atenção, candidatos, sejam propositivos!

Empresária e líder associativista da região alta do Vale do Taquari, Renata Galiotto foi certeira durante o comentário semanal no programa Frente e Verso. Ao analisar o cenário político e social deste período pós-enchente, ela provocou os pré-candidatos e pré-candidatas e “deu a real”: não queremos saber de picuinhas do passado, mas, sim, de propostas e estratégias para o presente e o futuro. E é isso. Diante deste momento singular na história dos municípios impactados pelas trágicas enchentes de 2023 e 2024, não há espaço para a velha política. O pleito pós-catástrofe precisa servir como um divisor de águas nas mais diversas administrações municipais e câmaras legislativas. Acima de tudo, os debates e embates precisam ser propositivos. E o eleitor tem o dever de cobrar debates e ações propositivas por parte dos postulantes e respectivas coligações. Não há mais tempo para desdenhar dos projetos técnicos e assertivos e comprar as recorrentes promessas vazias. E não há permissão moral para aceitarmos “mais do mesmo”. É hora de cobrar mudanças. E os debates no Grupo A Hora já iniciam na próxima semana!

Sabatinas da Acil

A Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) reservou os dias 27 de agosto, 12 de setembro e 26 de setembro para as reuniões-almoço com os três candidatos a prefeito (a). Os eventos ocorrem em parceria com o Fórum das Entidades. E o sorteio de apresentação dos três postulantes vai ocorrer na próxima terça-feira. Logo após o sorteio, os representantes das entidades pretendem consolidar um documento com propostas aos agentes políticos. Um importante movimento que deve ser repetido por associações comerciais de outras cidades do Vale do Taquari.

Poucos consensos

Marques de Souza, Travesseiro e Nova Bréscia são os municípios do Vale do Taquari onde há somente um pré-candidato a prefeito. No caso, os atuais gestores Fábio Mertz (PP), Gilmar Southier (MDB) e Ângelo Barbieri (PP). Ou seja, e mesmo que isso não signifique necessariamente um consenso comunitário e político, não haverá muito opção aos eleitores. Para o bem ou para o mal, a tendência de muitos consensos na região não se confirmou e teremos disputas acirradas, inclusive, em cidades que ainda nem iniciaram o doloroso processo de reconstrução.

Orçamento próximo a R$ 700 milhões em Lajeado

A comunidade lajeadense está convidada para a audiência pública referente à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025, agendada para o dia 27 de agosto, às 14h, no Salão de Eventos da Secretaria de Educação. E levando em conta os orçamentos de 2023 (R$ 500 milhões) e de 2024 (R$ 598 milhões), a estimativa é de um orçamento próximo à R$ 700 milhões para o próximo ano.

Laranjas e “laranjas podres”

A cota de gênero costuma roubar o sono de muitos líderes partidários. Em resumo, é aquele número de vagas reservadas às candidaturas femininas na nominata de vereadores. E cujo preenchimento não costuma ser levado muito a sério por parte de algumas siglas partidárias. Já tivemos casos julgados de “candidatas laranjas” em Lajeado, por exemplo, quando postulantes mulheres não fizeram campanha e não receberam votos em 2020. Portanto, e além de se livrar das famigeradas “laranjas podres”, os líderes partidários precisam estar muito mais atentos às “laranjas”.

TIRO CURTO

  • O Ministério Público vai passar trabalho durante esse pleito eleitoral, tamanha a quantidade de denúncias anônimas – ou não – encaminhadas para as promotorias públicas.
  • Em Estrela, chama a atenção a participação efetiva de diversos ex-prefeitos nas campanhas para a majoritária. Um movimento que não se repete, por exemplo, em Lajeado.
  • Nenhum representante do alto escalão do governo federal deve participar da inauguração da ponte do Dnit/Exército sobre o Rio Forqueta, entre Arroio do Meio e Lajeado. O ato ocorre hoje.
  • Da mesma forma, o evento do Ministério das Cidades em Marques de Souza, amanhã, não deve contar com a presença de ministros. Por ora, estão confirmadas as presenças do Secretário Nacional de Habitação, Haílton Madureira, e do secretário executivo do Ministério da Reconstrução do RS, Maneco Hassen.

Acompanhe
nossas
redes sociais