Novos empreendimentos dão cara nova ao Alto do Parque

BAIRROS DE LAJEADO

Novos empreendimentos dão cara nova ao Alto do Parque

Hotel, centro comercial, escola e estabelecimentos gastronômicos mudam dinâmica de um bairro antes estritamente residencial. Revisão do Plano Diretor possibilitou expansão comercial

Novos empreendimentos dão cara nova ao Alto do Parque
Hotel deve ficar pronto no fim do ano e ampliará capacidade de hospedagem no Vale (Foto: Mateus Souza)

Quem acessa o bairro Alto do Parque pela rua Nossa Senhora do Caravaggio, a partir da divisa com o Hidráulica, percebe, de cara, uma região em transformação. Antes, aquele trecho era formado por algumas poucas residências. Hoje, há distribuidora de gás, loja de vestuário, restaurante e a imponente obra de um hotel. No futuro, até mesmo uma escola.

Situação semelhante à avenida Alberto Müller. Os casarões começam a dividir espaço com futuros empreendimentos comerciais e gastronômicos. Fruto das mudanças no Plano Diretor, que permitiram a descentralização de um bairro estritamente residencial.

O novo momento do Alto do Parque atrai olhares de empreendedores de todos os cantos. Uma tendência já observada também em outros bairros de Lajeado, conforme o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura, André Bücker. A ideia de bairros cada vez mais autônomos converge com os planos de um desenvolvimento ordenado.

Conforme Bücker, a possibilidade do bairro ser menos dependente do Centro começou a partir da ligação com o Hidráulica. Primeiro, veio o fortalecimento do corredor gastronômico. “E na sequência tem a obra do hotel, que dá muita visibilidade para aquele local como uma área de serviços. E a própria Alberto Müller, com a revisão do plano, tem uma maior possibilidade comercial”, frisa.

Os números falam por si só. Há uma década, o número de CNPJs no bairro não chegava a 150. Este ano, segundo Bücker, já são 349. Mais do que dobrou. Lembra que, até 2020, haviam restrições no tamanho das edificações do Alto do Parque, o que mudou com o aumento nos índices construtivos.

Inspirar empresas

Até o fim do ano, Lajeado deve contar com um novo hotel, que aumentará a oferta de leitos de hospedagem na cidade. As obras do Vallér Parque Hotel estão na reta final e a tendência é de ser finalizado no fim deste ano, conforme um dos diretores do estabelecimento, Jairo Vallér.

“Nós procurávamos um local bacana para investir neste novo hotel. E pensamos muito na questão do turismo também. O fato de estar próximo aos parques nos chamou muito a atenção, assim como a boa localização. Vimos esse terreno há uns dois anos e nem sabia de todo o movimento que se tinha aqui na rua”, lembra.

Vallér acredita que a presença do hotel pode encorajar mais empreendedores a investir no bairro, além dos negócios que já estão previstos. “Nós notamos isso. Desde que passamos a construir o hotel, muita coisa começou a acontecer aqui. Claro, não foi apenas por nossa causa, mas tem uma nova onda de negócios vindo para o bairro”.

O hotel conta com cinco pavimentos e terá, no total, 95 apartamentos. Apesar do objetivo inicial, ele não ficará pronto a tempo da próxima edição da Expovale + Construmóbil. “Mas chega para atender muito bem a todos que vem para a nossa cidade, atraindo desde o turista até o executivo”.

Retomada de projeto antigo

Como resposta às enchentes que atingiram a instituição nos últimos meses, o Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat) projega expansão educacional com a construção de uma nova estrutura no Alto do Parque. A área escolhida, situada em terreno de sete hectares na rua Nossa Senhora do Caravaggio, foi selecionada por estar fora das zonas de risco.

A intenção de investir no Alto do Parque, no entanto, não é recente, conforme o diretor do Ceat, Rodrigo Ulrich. “É algo discutido desde a década de 1960. E, diante do crescimento do colégio, aumento de matrículas, serviços e o propósito de potencializar diferenciais curriculares, somado às enchentes, chegou a hora de colocarmos esse projeto em execução”, afirma.

Conforme Ulrich, as estratégias de investimentos do Ceat nas instalações no Centro foram revistas para possibilitar o avanço deste projeto. “Em meados de setembro vamos divulgar o layout do plano de ocupação da área. Estamos envolvendo a comunidade escolar na construção da proposta, fazendo contatos com escritórios e empresas para questões técnicas”.

A tendência é de que, ainda neste semestre, sejam definidas as primeiras construções na área, que devem contemplar a educação infantil, as séries iniciais e o espaço esportivo, setores mais afetados pela enchente histórica de maio.

Outros investimentos

Centro Comercial
– Idealizado pelo empresário Elvídio Eckert, fundador do Grupo Charrua, o complexo comercial “Espaço Josefina Eckert” terá cinco andares e mais de 4,5 mil metros quadrados de área, na antiga garagem da ViaSul. O empreendimento contará com estacionamento para 110 veículos e abrigará espaços para salas comerciais, academia, gastronomia, institutos de beleza e um restaurante no último piso. A obra deve ser finalizada em 2026.

Foto: Mateus Souza

Minato Mirai
– Com lojas no São Cristóvão e no Hidráulica, o Minato Mirai Restaurante vai construir nova sede na Alberto Müller, na esquina com a rua Otelo Rosa. Serão 700 metros quadrados distribuídos em três andares, com rooftop e bar no terceiro piso. Ali, serão concentrados os serviços presencial e o delivery do empreendimento especializado em comida japonesa, que se junta a outros espaços gastronômicos no bairro, como Bonese, DuCais Pizzaria e O Pateo Steakhouse.

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