A empresa Guarany Indústria e Comércio LTDA , de Itu, em São Paulo, fez a doação de uma bomba pulverizadora geradora de aerossol ao município de Estrela. O aparelho, que permite a aplicação de larvicida Bti (Bacillus thuringiensis israelense), ou popular “fumacê”, será um reforço no serviço de combate aos mosquitos, com foco no Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zica, Chikungunya e Febre-amarela.
Este ano o município já registra 1005 casos, com apenas um óbito confirmado. Em 2022, os casos de Dengue iniciaram em 10 de março e totalizaram 487 pessoas contaminadas. Em 2023 foram 920 casos, com um óbito, ocorrido em abril, durante a época que se registrou a maior incidência da doença, muito provavelmente pela proliferação dos criadouros do mosquito ao longo do verão. O município segue realizando diversas frentes de combate e de conscientização.
O equipamento possibilita a pulverização de um larvicida natural criado a partir da bactéria Bti. Vale ressaltar que o Bti é um larvicida biológico altamente seletivo para uso contra larvas de mosquitos e é considerado seguro para humanos e animais domésticos, além de não agredir o meio ambiente. Outra característica importante do bioinseticida é a resistência a altas temperaturas e aos raios ultravioletas (UV) do sol, o que o torna ideal para ser usado sob o clima tropical brasileiro.
Ovitrampas
Além desta estratégia, as equipes de Vigilância Epidemiológica e Ambiental seguem com a rotina de ações de combate à Dengue já executadas conforme planejamento, como as visitas in loco dos agentes de endemias e aplicação de outros inseticidas indicados pelo Ministério da Saúde. Outra medida importante é a instalação de Ovitrampas, armadilhas colocadas em locais estratégicos para que as fêmeas do mosquito Aedes aegypti depositem seus ovos. Essas armadilhas, instaladas pela equipe de agentes de endemias, permitem o mapeamento das áreas com maior infestação do mosquito em Estrela, possibilitando um direcionamento mais eficaz das ações de controle. As armadilhas consistem em vasos de planta sem furo e palhetas de madeira (eucatex). Nestas são colocadas água com levedo de cerveja para atrair a fêmea do mosquito a depositar os ovos no local (ovoposição). Essas armadilhas ficam por cinco dias no local; geralmente em residências, com autorização dos moradores; e depois são recolhidas; mas sem riscos pois são tiradas antes de se tornarem criadouros do mosquito.
No último mês, Ovitrampas foram instaladas nos abrigos da população atingida pela enchente com o objetivo de detectar o risco de infestação nesses locais. Felizmente, nenhum foco de mosquitos Aedes aegypti foi encontrado, o que tranquilizou a equipe da Secretaria da Saúde que continua realizando ações de controle para garantir a segurança da população.
LIRAa
Em agosto será feito Novo Levantamento de Índice Rápido de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), que é realizado a cada três meses (período determinado pelo Ministério da Saúde), e ajuda a fornecer embasamento para o planejamento do trabalho nos próximos meses.