Magía olímpica

Opinião

Caetano Pretto

Caetano Pretto

Jornalista

Colunista esportivo.

Magía olímpica

Acho que este problema não é só meu, mas é muito difícil trabalhar enquanto ocorrem as Olimpíadas. Brincadeiras à parte, o maior evento esportivo do mundo é um deleite para qualquer fã de esporte. E até para quem não é muito chegado.

A cada quatro anos o mundo para e assiste a praticamente todas as nações disputando os mais diversos esportes. Do tradicional futebol, esportes coletivos, vários tipos de lutas, ginástica, natação, até alguns estranhos para a maioria, como o badminton e o breaking.

Olhando friamente, sem a paixão exacerbada pelo futebol que a maioria dos brasileiros tem, a Olimpíada é um evento ainda mais interessante do que a Copa do Mundo. Não se restringe a apenas 32 países. São centenas. Nos permite conhecer nações, esportes, atletas. Nos permite torcer por quem até minutos antes do evento inicias nós nem conhecíamos.

Foi assim comigo nesses primeiros dias. Assisti a todas as finais em que o Brasil conquistou medalha. Me atrasei para compromissos para ver as lutas dos judocas Willian Lima e Larissa Pimenta, vibrei com o bronze da Rayssa Leal, atleta que tenho o orgulho em dizer que já conheci e entrevistei.

Ontem, voltando à primeira frase do texto, tive dificuldade em trabalhar enquanto as ginastas do Brasil participavam da final por equipes. Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Julia Soares e Lorrane Oliveira foram gigantes ao conquistar o bronze. Melhor desempenho coletivo do país na história.

O Brasil chegou a quatro medalhas, uma prata e três bronzes. Parece pouco, mas é acima das projeções até então. Infelizmente, estamos em um país que não valoriza como poderia o esporte. Com mais de 200 milhões de habitantes, poderíamos ser uma potência olímpica, brigar por um top-10 no quadro de medalhas. Mas ainda estamos muitos atrás de países asiáticos, Estados Unidos e algumas potências europeias. E está tudo certo, é um caminho longo até conseguirmos lutar de igual, se é que um dia conseguiremos.

Minha intenção também não é apontar os problemas do país, mas enaltecer um evento que me faz brilhar os olhos. E nem falei dos astros olímpicos, para além do Brasil. Isso fica para uma próxima semana. Por hoje chega, preciso ir ver as Olimpíadas.

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