Força comunitária prioriza construção de ponte baixa

TRAVESSIA DA AMIZADE

Força comunitária prioriza construção de ponte baixa

Campanha para reconectar Marques de Souza e Travesseiro tem novo foco e objetivo é captar mais de R$ 2 milhões

Força comunitária prioriza construção de ponte baixa
Estrutura provisória é montada enquanto comunidade prepara construção de ponte baixa. (Créditos: Felipe Stefani/divulgação)
Vale do Taquari

Após 80 dias da maior cheia que a região já enfrentou, a comunidade une forças para restabelecer acessos. Esse é o caso de moradores de Marques de Souza e Travesseiro. A ponte sobre o Rio Forqueta colapsou no início de maio. Desde então, movimentos locais buscam alternativas a fim de construir uma nova passagem.

A ideia inicial da Associação Travessia da Amizade era arrecadar valores para uma nova ponte do porte da anterior. Contudo, a estrutura está orçada em mais de R$ 15 milhões e o recurso anunciado pelo governo ainda não chegou. Diante do cenário, a prioridade passa a ser uma ponte baixa. A obra deve custar cerca de R$ 2 milhões.

Segundo a presidente da associação Katia Lammers, a doação de R$ 1 milhão confirmada pela Sicredi Integração RS/MG faz o projeto avançar. “A campanha é realizada desde maio. Somando o recurso repassado pela cooperativa, alcançamos em torno de R$ 1,2 milhão.”

A estrutura que será construída é considerada uma ponte baixa e terá como limite de peso 30 toneladas. Doações para construção da estiva podem ser feitas por meio da chave pix
travessiadaamizade@gmail.com. A intenção do grupo é poder iniciar os trabalhos nas próximas semanas.

Enquanto isso, outra frente da iniciativa privada trabalha para viabilizar a passagem por meio de estrutura improvisada que utiliza três contêineres (preenchidos com pedras e concreto) e pranchas de madeira.

Impacto nas propriedades

A falta da ponte gera sérios desafios para os produtores rurais da região. O suinocultor da Granja Kunz, Eduardo Kunz e o produtor rural em Travesseiro, Edson Essig, compartilharam suas dificuldades durante o programa Frente e Verso, da Rádio A Hora. Para Essig, que trabalha com lavoura e produção de leite, a ausência da ponte tem sido um desafio diário.

“Durante 20 anos que usamos essa estrutura era só alegria.” Lamenta que agora o tempo de deslocamento para outros municípios aumentou de forma considerável. “O trajeto antes feito em 45 minutos para Lajeado, agora leva quase metade do dia”.

Na propriedade de Essig, parte da área dos galpões foi alagada, resultando na perda de silagem e dificultando o acesso de tratores devido ao barro persistente. Ele enfatiza os impactos econômicos e operacionais significativos que enfrentam desde o ocorrido.

Para Kunz, a situação foi ainda mais severa. Dos 10 chiqueirões, apenas dois não foram destruídos pela enchente, resultando em perdas significativas de matrizes e leitões. Cerca de 500 matrizes e mais de 3,5 mil leitões não sobreviveram à força das águas. “Não adianta baixar a cabeça. É preciso criar forças e seguir em frente”, afirma Kunz.

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