Militares assumiram a limpeza da maior escola pública da região, o Colégio Presidente Castelo Branco. O 7º Batalhão de Infantaria Blindado, de Santa Cruz do Sul, comanda os trabalhos desde sexta-feira da semana passada.
O Castelinho sofreu com três inundações em oito meses. Devido aos danos, o prédio está interditado desde setembro e as aulas para cerca de 900 alunos foram transferidas para a Univates.
Na catástrofe mais recente, a água passou de dois metros no segundo andar. Os soldados iniciaram a limpeza de salas, de mobiliários e descarte de entulhos. A informação inicial da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) era que uma empresa seria contratada para o serviço.
Passados 80 dias da inundação de maio, foi solicitado pelo Estado um auxílio do Exército. O governo faz uma avaliação sobre as condições das escolas atingidas pela água. O diagnóstico visa dar embasamento técnico sobre a viabilidade de reformas e o risco de novos episódios.
Em cima disso, não há definição sobre quais as escolas serão fechadas em definitivo. Nesta lista estão colégios do Vale do Taquari, tais como a Padre Fernando, de Roca Sales e duas de Lajeado. Além do Castelinho, a Fernandes Vieira.
Futuro do Castelinho
A resposta da Seduc é protocolar: “qualquer decisão relacionada ao Castelinho será avaliada com as comunidades envolvidas”. A diretora, Jurema de Oliveira, afirma que não há risco de fechamento integral do Colégio.
Em cima disso, a proposta é criar uma escola resiliente, a partir de um projeto de adaptação climática, para que o prédio seja mais resistente a episódios de enchentes. “Não temos previsão. Talvez seja de um ano e meio até dois anos. Tudo depende do que será feito.”
Sem uma previsão de prazo para as obras, a Seduc solicitou à Univates a prorrogação do convênio para uso de salas na universidade. O pedido foi feito pela secretária de Educação, Raquel Teixeira, durante visita ao Vale do Taquari na semana passada. O assunto foi levado à mantenedora da Univates e o pedido segue em análise.
Resumo da notícia
- O 7º Batalhão de Infantaria Blindado, de Santa Cruz do Sul, foi convocado para auxiliar na limpeza do Colégio Presidente Castelo Branco.
- A escola sofreu três inundações em oito meses.
- A inundação de maio resultou em água atingindo dois metros no segundo andar do prédio.
- Aulas para cerca de 900 alunos foram transferidas para a Univates devido à interdição da escola.
- A Seduc avalia a viabilidade de reformas e o risco de novos episódios em escolas atingidas.
- O futuro do Castelinho inclui a proposta de torná-lo uma escola resiliente, adaptada a situações climáticas extremas.
- A prorrogação do convênio com a Univates está sendo analisada pela mantenedora da universidade.
- Professores reclamam de condições de trabalho e ensino nas áreas destinadas ao Castelinho na Univates, especialmente devido à distância entre prédios e alimentação.