O governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), continua as atividades de vigilância e contenção de foco na região de Anta Gorda, onde houve um caso confirmado de doença de Newcastle em um aviário comercial. Até terça-feira, 23, o Serviço Veterinário Oficial do Estado vistoriou mais de 500 propriedades de 858 localizadas no raio de dez quilômetros a partir do foco, entre granjas comerciais e criações de subsistência.
Nesta semana ocorreu uma reunião com prefeitos dos municípios que ficam no raio de dez quilômetros de Anta Gorda, área destinada como “área de risco”. A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA/ Seapi), Rosane Collares, ressalta que o objetivo do encontro foi nivelar com as prefeituras informações necessárias sobre a doença. “Explicamos o que é a Newcastle, como se trabalha e quais são seus impactos. Vimos que seria de extrema importância conversar com todos os outros prefeitos ou representantes destes municípios”, destaca.
Conforme Rosane, a situação está sob controle, todos os procedimentos já estão predefinidos em um plano de ação e uma dessas iniciativas são as barreiras que estão parando os caminhões que entram e saem do município. Esses caminhões passam por uma lavagem externa, para prevenções de qualquer contato que possa ter ocorrido e evitar disseminação da doença. São oito barreiras instaladas que devem continuar em operação por mais 11 dias.
“Quando é detectado um foco de Newcastle, passamos por algumas etapas, como passar pela propriedade positiva e fazer a eliminação dos animais doentes. Importante salientar que este procedimento somente é feito na propriedade positiva, nas demais localidades não há nenhuma ação sobre os animais”, frisa a diretora.
Preocupação
Conforme Rosane, a secretaria possui compromisso com a situação sanitária dos animais no estado e com a avicultura não é diferente, pela importância que a produção tem, tanto para região, quanto para o Estado. “O trabalho que está ocorrendo em Anta Gorda e nos municípios em seu entorno é voltado para o reestabelecimento da condição de sanidade o mais rápido possível. Após o término das atividades e a secretaria conseguir comprovar a ausência da doença, é estabelecido um prazo de 90 dias para reconhecimento internacional novamente”, explica.
Podutores
Segundo a diretora do DDA, o contato com os produtores tem sido positivo, por colocar em prática a responsabilidade compartilhada. “Nós estamos sendo muito bem recebidos, as pessoas estão muito colaborativas e com isso nos dá muita agilidade no trabalho”, contextualiza.
Newcastle no RS
O último caso detectado no Rio Grande do Sul ocorreu em 2006, em uma propriedade de subsistência, ao contrário das características deste aviário de Anta Gorda, onde foi encontrada a ave contaminada pelo vírus.