“O importante não é o destino, mas o percurso”

ABRE ASPAS

“O importante não é o destino, mas o percurso”

O advogado e empresário de Lajeado, Luis Alberto Plein, se prepara para mais uma aventura. Em cima de uma motocicleta 1.250 cilindradas vai atravessar a floresta amazônica. Ao lado do amigo Cleo Morschbacher, parte neste fim de semana para percorrer mais de 8 mil quilômetros

“O importante não é o destino, mas o percurso”
FOTO: FILIPE FALEIRO

Quando surgiu esse desejo por grandes viagens de moto e o que te motiva?

Comecei em 2000, indo até Vinha Del Mar, Chile. Depois disso, passei a me organizar para fazer sempre que possível. Já fiz o deserto do Atacama, a Cordilheira dos Andes, Bariloche, Carreteira Austral, duas vezes, Uchuai duas vezes. Machu Pitcho, também. A Rota 40 na Argentina . E a ultima, a Cordilheira branca e negra, no Peru.
Cada viagem tem uma história. Jamais estamos completamente preparados. É isso que queremos, enfrentar os desafios, solucionar problemas e chegar ao final.

Quais foram as viagens mais desafiadoras até agora?

A mais desafiadora foi a Rota 40, na Argentina, em março de 2022. Essa foi bem complicada, época de degelo, com rios altos e muita chuva. Vários rios para atravessar, estradas dentro do rio. A mais difícil foi essa.
A outra, de paisagens ímpares, no Peru, nas cordilheiras branca e negra. Visitamos os túneis de Carcateira, lugar espetacular. E também os dois cânions mais famosos, o Del Pato e o Utcho. O grau de dificuldade é grande, mas a satisfação é maior.

O que a família diz?

Boa viagem, tome cuidado e mande notícias.

(Risos) Então já aceitaram a “loucura”?

(Risos) Sim, já estão acostumados.

Como se preparam para esse novo percurso?

Dentro da logística, planejamos 23 dias no total, dependendo das condições da pista. Há trechos de estrada de chão na floresta. Em cerca de dez a 11 dias estaremos em Manaus, pela estrada Fantasma, a BR-319.
No início, estávamos em dúvida sobre qual moto usarmos. Pensamos em ir em uma menor, pois há trechos dentro da floresta que é mais fácil de manobrar com uma moto mais leve. Mas o problema é que até chegar em Manaus é muito distante. Isso deixa a viagem cansativa, além do trânsito ser perigoso devido ao fluxo de caminhões. Então optamos por motos grandes, mais confortáveis e seguras para o maior percurso.

A moto te obrigou a aprender mecânica?

Nada. Eu só subo na moto e piloto.

E os tombos?

Muitos. Na turma, eu sou o rei do tombo (risos).

Quem é a turma?

Temos um grupo de amigos que gostam dessas aventuras. São uns dez ou 12 integrantes. Para Manaus, vamos o Cleo (Morschbacher) e eu.

Como será a rotina de pilotagem?

A estratégia é fazer no mínimo 700 quilômetros por dia, cerca de dez horas em cima da moto. Descansamos e sempre de manhã recomeçamos a viagem.

Qual o investimento?

Não calculei. Se não, desisto. A alimentação, que se gasta aqui ou lá, é a mesma coisa. O principal gasto é hotel e combustível.

O que vão fazer em Manaus?

Vamos chegar lá. Ficamos um dia, pegamos o barco e vamos até Santarem, e para voltar, pegamos a BR-163, que atravessa o Brasil de Norte a Sul. É um bate e volta. O importante não é o destino, mas o percurso. Atravessar a selva amazônica, esse é o objetivo.

Acompanhe
nossas
redes sociais