A falta da ponte que liga os municípios de Marques de Souza e Travesseiro tem gerado sérios desafios para os produtores rurais da região. Arrancada pela força do Rio Forqueta, comprometeu a logística local.
O suinocultor da Granja Kunz, Eduardo Kunz e Edson Essig, produtor rural em Travesseiro, compartilharam dificuldades após o desastre natural. Para Essig, que trabalha com lavoura e produção de leite, a ausência da ponte tem sido um desafio diário.
“Durante 20 anos que usamos essa estrutura era só alegria”, lamenta, ao destacar que agora o tempo de deslocamento para outros municípios aumentou de forma consideravel. “O trajeto antes feito em 45 minutos para Lajeado, agora leva quase metade do dia”.
Na propriedade de Essig, parte da área dos galpões foi alagada, resultando na perda de silagem e dificultando o acesso de tratores devido ao barro persistente. Enfatiza os impactos econômicos e operacionais significativos que estão enfrentando desde o ocorrido.
Para Kunz, a situação foi ainda mais severa. Dos 10 chiqueirões, apenas dois não foram destruídos pela enchente, resultando em perdas significativas de matrizes e leitões. Cerca de 500 matrizes e mais de 3,5 mil leitões não sobreviveram à força das águas. “Não adianta baixar a cabeça. É preciso criar forças e seguir em frente”, afirma Kunz, cuja propriedade enfrenta prejuízos incalculáveis.
Além das perdas diretas, ambos os produtores destacam o impacto econômico mais amplo para Travesseiro. A falta da ponte não apenas dificulta o transporte e encarece a produção local, mas também afeta negativamente o comércio, a indústria e a mão de obra, levando algumas pessoas a se mudarem para outros municípios em busca de melhores condições.
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