O ex-governador Germano Rigotto reforça a necessidade urgente de maior agilidade por parte do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e do governo federal na liberação dos recursos prometidos para a construção da ponte entre Travesseiro e Marques de Souza. Ele ressalta que, enquanto espera-se por essa liberação, recursos significativos estão sendo direcionados para outras áreas, como microempresários, provenientes de doações via Pix arrecadadas ao longo dos últimos meses, doações essas feitas pela própria comunidade e não do governo.
O ex-governador também aborda o tema das emendas parlamentares, criticando o volume exorbitante de mais de R$ 50 bilhões disponíveis para os deputados distribuírem sob um regime impositivo. Rigotto comparou com sua época como deputado federal, quando cada parlamentar tinha um montante consideravelmente menor para destinar aos municípios que representavam, ressaltando que as práticas atuais podem levar a casos de corrupção e malversação de recursos.
“Na minha época como deputado, cada um tinha R$ 1,3 milhão para distribuir em emendas para os municípios que representava, não era impositivo, o governo liberava quando queria, hoje não, existem deputados com mais de R$ 100 milhões e é impositivo, tem que liberar. Simplesmente o deputado apresenta emendas, não interessa para onde e nem para quem vai, se é importante ou não, repito, isso vai dar muita cassação de mandanto, CPIs”.
Ainda, expressa sua preocupação com a falta de recursos para áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura e reconstrução de municípios afetados por desastres naturais, enquanto observa o uso potencialmente ineficiente e eleitoreiro dos recursos disponíveis.
Eleições nos EUA
No que diz respeito às eleições presidenciais nos Estados Unidos, Rigotto analisa a desistência de Joe Biden e o impacto da entrada de Kamala Harris como sua vice. “Apesar de Donald Trump ser visto como favorito devido às fragilidades percebidas em Biden e ao recente atentado contra o presidente, Kamala, por sua vez, poderia trazer um novo dinamismo à corrida eleitoral devido à sua diversidade étnica e de gênero”. Rigotto reforça que o resultado das eleições americanas terá repercussões globais, afetando desde as políticas econômicas internacionais até as relações comerciais com países como China e Oriente Médio.
“A eleição amerciana termina de alguma forma impactando o Brasil e o mundo. Vamos ver como esse quadro evolui com a saída de Biden e a entra de Kamala”.
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