Bairros se dividem nas avalições. Tranquilidade é ponto positivo

LAJEADO

Bairros se dividem nas avalições. Tranquilidade é ponto positivo

Pesquisa mostra o que moradores de três bairros pensam sobre os pontos positivos e os anseios. Problemas variam conforme a localidade, mas situações de infraestrutura surgem com força

Bairros se dividem nas avalições. Tranquilidade é ponto positivo
Asfaltada há três anos, a avenida dos Ipês se tornou uma das principais vias de ligação desta região (foto: Mateus Souza)
Lajeado

De um lado, a tranquilidade, a calmaria e a boa convivência entre vizinhos, além de uma localização privilegiada e cada vez mais destacada. Do outro, problemas conhecidos da comunidade lajeadense, com ênfase na infraestrutura, na ausência de serviços e pouca diversificação econômica. Percepções sobre três bairros em desenvolvimento constante na cidade.

Vizinhos, Floresta, São Bento e Moinhos D’Água foram objeto de avaliação em pesquisa desenvolvida pela Macrovisão, a pedido do Grupo A Hora. E, na conversa com moradores, foi possível entender um pouco da dinâmica dessa região da cidade, além de compreender o que é importante para um futuro sustentável.

A pesquisa, braço do projeto “Lajeado – Um novo olhar sobre os bairros”, foi feita entre os dias 4 e 23 de março de 2023 e teve um grau de confiança estatístico de 95%. O estudo foi desenvolvido através de um questionário estruturado, com algumas questões abertas, definido de comum acordo entre as partes interessadas.

Enquanto Floresta e São Bento foram estudados de forma conjunta, o Moinhos D’Água teve avaliação individual, conforme a divisão dos bairros por setores, estabelecida ainda no ano passado. Como a pesquisa ocorreu antes da criação oficial do bairro Jardim Botânico, este ficou de fora no levantamento estatístico.

Notas baixas

Entre os serviços com pior avaliação, chama atenção a limpeza pública, considerada um problema histórico no Floresta e no São Bento. Já o Moinhos D’Água tem a ausência de equipamentos para a prática de esportes como uma crítica antiga da comunidade.

Já nos problemas mencionados de forma espontânea, em comum a queixa quanto ao excesso de velocidade no trânsito. Ruas como a Carlos Spohr Filho e a RSC-453 apresentam trechos perigosos a motoristas e pedestres. Já entre os anseios, há semelhanças, com pedidos para melhorias em serviços de saúde e no aumento de vagaspara creches.

Por outro lado, há diferenças nos aspectos positivos. Enquanto no São Bento e no Floresta há uma maior valorização da tranquilidade e calmaria, no Moinhos D’Água há menções positivas sobre existência de estabelecimentos como supermercados e posto de combustível, além da proximidade com o Jardim Botânico, que, até o ano passado, pertencia a este bairro.

“Questionando os entrevistados para destacar de forma espontânea pontos positivos e negativos, é possível conhecer mais detalhes do que os moradores valorizam na sua qualidade de vida”, destaca o diretor da Macrovisão, Lucildo Ahlert.

Perfil

  • Sexo

Masculino: 52%
Feminino: 48%

  • Faixa etária

Até 35 anos: 24%
De 35 a 55 anos: 56%
Acima de 55 anos: 20%

  • Escolaridade

Fundamental incompleto: 18%
Fundamental completo: 40%
Médio completo: 38%
Superior completo: 4%

  • Renda

De um a três salários mínimos: 60%
De três a cinco salários mínimos: 36%
De cinco a dez salários mínimos: 4%

Impressões dos moradores

  • Para 56% dos moradores do Moinhos D’Água, o principal significado de residir no bairro é que ele é aconchegante e tranquilo. As demais menções também são positivas;
  •  O índice de “péssimas” e “ruins” também chama atenção na avaliação das possibilidades de atividades esportivas no bairro, chegando a 20%. Para 72%, são regulares. Apenas 8% citam como boas.
  •  O setor de atividades culturais também recebe avaliação negativa, com o “ruim” chegando a 64%. Apenas 8% citam como boas e, para 28%, são regulares.
  • Em geral, moradores do Moinhos D’Água avaliam de forma positiva a perspectiva de crescimento do bairro. Para 60%, é boa, enquanto 40% consideram como “muito boa”.
  •  Na região do Floresta e São Bento, a qualidade de vida é avaliada como “boa” por 88% dos moradores, enquanto 12% citam como “muito boa”:
  • Pouco mais de 50% dos entrevistados avaliam como “boa” a possibilidade de encontrar moradias para seu padrão nestes bairros, enquanto para 40% é apenas regular e 8% citam como “ruins”.
  • De forma geral, os moradores não estão satisfeitos com as oportunidades de emprego existentes nestes bairros, sendo classificada como “ruins” por 60%. Apenas 24% avaliam como “boas e muito boas”.
  •  Também não há uma avaliação positiva na possibilidade de atividades esportivas, com o “ruim” chegando a 56%. Para 24% são “regulares” e apenas 20% mencionam como “boas”.

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