Nascido em Estrela e criado em Lajeado, o ortopedista Bruno Führ tem uma trajetória marcada por dedicação e paixão pela profissão. Após concluir o ensino médio no Colégio Madre Bárbara, aos 18 anos, seguiu para Porto Alegre movido pela vontade de estudar medicina. Inicialmente com receios, após dois anos de cursinhos preparatórios, conquistou vaga na UFRGS, determinado a se tornar neurocirurgião. Contudo, ao longo da graduação encontrou vocação na ortopedia e traumatologia. “Me achei, aqui é o meu chão. É o que sei e gosto de fazer”.
A especialidade, segundo ele, o atraiu pela capacidade de resolver problemas diretamente. “É gratificante poder tratar uma fratura ou uma patologia e devolver a normalidade ao paciente”, revelou, cuja formação incluiu uma residência seguida de uma especialização em cirurgia do joelho. Após essa etapa, optou por retornar a Lajeado, mesmo recebendo convites para trabalhar na capital. “Foi aqui que me criei. Meu maior orgulho é dizer que sou lajeadense”.
Sobre seu cotidiano profissional, ele descreve um consultório movimentado e um trabalho constante no Hospital Bruno Born, onde realiza cirurgias e atende emergências ortopédicas. Destacou também a estrutura avançada do HBB, que encontrou ao retornar para Lajeado, impressionando-se com o desenvolvimento e a qualidade dos serviços prestados.
“Confesso que para mim foi uma surpresa quando voltei para cá e conhecer o hospital da forma como estava. Não imaginava que estava tão avançado, com tanta disponibilidade de material e, o principal, com vontade de crescer. Hoje para nós profissionais é maravilhoso trabalhar no HBB. Virou uma referência muito grande, e não falta nada para executar nosso trabalho.
Aumento dos atendimentos
A pandemia trouxe desafios, mas também uma mudança no perfil dos pacientes, com um aumento nos casos de trauma devido ao retorno às atividades esportivas. O especialista ressalta a importância da colaboração entre profissionais da saúde, especialmente entre ortopedistas e fisioterapeutas, para garantir o melhor cuidado ao paciente, especialmente no pós-operatório.
“Não existe o trabalho de um sem o outro, principalmente para pós-cirúrgio. A integração dos profissionais é fundamental para um bom resultado. Ninguém faz mais saúde sozinho. O paciente tem que saber falar o que vai fazer, precisa estar ciente e isso pode influenciar no procedimento”.
Para ele, a confiança mútua entre médico e paciente é essencial. “O corpo é nossa ferramenta de trabalho, e estabelecer uma relação de confiança é essencial para um tratamento bem-sucedido”, afirmou.
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