A Guerra dos Farrapos, teve um impacto significativo na imigração alemã para a região. Durante a década de conflito, a imigração cessou completamente, impedindo a chegada de novos colonos. Para a colônia alemã, a Guerra dos Farrapos foi desastrosa. Não sobrou comunidade: morreram 150 pais alemães, líderes e chefes das pequenas indústrias.
Viúvas se refugiaram em áreas de mata e nesta jornada desafiadora, enfrentaram povos indígenas e animais perigosos.
Com o fim da guerra dos Farrapos, em 1845, a imigração alemã retomou seu curso. Novos núcleos coloniais foram formados no Sul do país e também no Vale do Taquari.
Em 1851, seis anos após a Guerra dos Farrapos, eclodiu no Brasil, a Guerra do Prata, conflito envolvendo Brasil e Argentina que impactou profundamente a vida dos imigrantes no Sul.
Além dos colonos que entraram na disputa, o imperador contratou 1800 soldados de alto nível intelectual da Alemanha. Os soldados, foram chamados de “Brummer” , porque resmungavam pelo baixo salário. Eles sentiam-se injustiçados em relação ao soldo.
Brummers deram vigor às colônias
Mas ainda assim e bem treinados, tiveram participação efetiva na vitória do Brasil contra a Argentina e, no fim do conflito, decidiram se estabelecer no Rio Grande do Sul. Estes combatentes receberam terras como recompensa pela batalha vitoriosa e se estabeleceram no Vale do Taquari. Fincaram raízes e se destacaram no comércio, atividades sociais e esportivas.
Os Brummers reacenderam o vigor das vilas germânicas locais. Politizados, ativos e letrados e profissionalmente melhor habilitados, contribuíram com o desenvolvimento econômico e social. Também ajudaram as vilas a evoluírem no aspecto profissional, pois como agrimensores, comerciantes, educadores e construtores e empreendedores natos, proporcionaram profissões variadas. Tudo isso porque eles dominavam as técnicas de construção de pontes e facilitaram a abertura de estradas e produção.