Os benefícios – e os riscos – do desassoreamento

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Os benefícios – e os riscos – do desassoreamento

Secretária Estadual de Meio Ambiente, a lajeadense Marjorie Kauffmann palestrou no 42º Congresso de Municípios do Rio Grande do Sul. E, entre os temas abordados pela agente pública, as políticas e propostas de desassoreamento dos rios e demais cursos d´água, a proteção das margens e encostas dos leitos e mananciais, o reaproveitamento e a destinação correta dos entulhos gerados pelas recentes enchentes, arborização, e também a necessidade dos municípios avançarem com os Planos de Drenagem Urbana. Sobre a dragagem dos rios, especificamente, um assunto que permeia diversos setores da sociedade civil regional e gera muitas opiniões e devaneios, ela foi enfática: as ações até podem auxiliar na mitigação dos efeitos dos fenômenos climáticos, mas é preciso muito estudo e responsabilidade para não gerar efeitos negativos.

Secretária Estadual de Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann (Foto: Rodrigo Martini).

Segundo Marjorie, o desassoreamento na área de um determinado município pode aumentar de forma substancial a velocidade dos rios, e isso pode gerar impactos ainda mais substanciais em cidades vizinhas. Além disso, ela alerta para a falta de dados sobre a taxa de sedimentação dos rios para estimar em quanto tempo seria preciso refazer o processo de limpeza do rio, e também a ausência de dados sobre o volume de material existente e a profundidade do fundo rochoso para saber o quanto é possível dragar. Diante disso, e sobre a bacia do Rio Taquari, ela reforça a importância da batimetria já contratada pelo Dnit, a um custo de R$ 18 milhões, e que deve diagnosticar a necessidade e aplicabilidade – ou não – desse processo em nossas cidades. Em resumo, não há espaço para achismos ou torcidas. É preciso se atentar aos estudos e especialistas.

Assim como o PSDB, PL recuou e se aliou ao PP em Lajeado

Partido confirmou o apoio ao PP(Divulgação)

A bem da verdade, o PL e o PSDB nunca deixaram o governo do PP em Lajeado. Mas, e isso é público e notório, os líderes dessas duas siglas ensaiaram voos solos – ou em conjunto com outros partidos – e ouviram as mais curiosas e impensáveis sugestões nas últimas semanas. O PL, por exemplo, recebeu uma inusitada proposta para ser o “cabeça de chapa” em uma coligação com o MDB na majoritária. Mas o movimento travou, entre outros entraves, em questões familiares e pessoais. Já o PSDB bateu pé por um maior protagonismo e, no fim das contas, aceitou as condições impostas de forma majoritária pelos Progressistas. E tudo isso já faz parte do passado. O fato é que a “nova” coligação do PP/PSDB/PL/Novo está consolidada e o tabuleiro começa a se ajustar.

MDB confirma “chapa pura” e descarta aliança com PT

Com a “surpreendente” confirmação da nova aliança entre o PP e o PL em Lajeado, o MDB – que ainda negociava com o PL até o fim de semana – confirmou na noite de ontem uma “chapa pura” com os vereadores Carlos Ranzi e Márcio Dal Cin como pré-candidatos a prefeito e a vice, respectivamente, confirmando as especulações já antecipadas pelo Grupo A Hora. E sobre uma possível coligação do MDB com o PT, repetindo a aliança vencedora do pleito de 2012, os líderes emedebistas sustentam que não houve conversa com os petistas e, por ora, descartam por completo uma nova aliança. Há quem diga que tal parceria afugentaria outras siglas apoiadoras do MDB. Com isso, o PT também pode apostar em uma “chapa pura”, embora ainda considere viável uma aliança com os emedebistas. Do lado petista, só o nome do vereador Sérgio Kniphoff (PT) está confirmado como pré-candidato a prefeito.

TIRO CURTO

  • Em Arroio do Meio, o PL confirmou chapa pura com Lúcia Horn e André Vianini como os pré-candidatos a prefeita e a vice-prefeito. Com isso, a possibilidade de quatro frentes em outubro ganha força. Também são pré-candidatos a prefeito o atual gestor, Danilo Bruxel (PP), o ex-prefeito Sidnei Eckert (MDB), e também o petista, Paulo Grassi.
  • Em Colinas, uma possível coligação entre PP, MDB e PT pode estar em curso. Há quem defenda um consenso entre todos os partidos. Paralelo a isso, o PL anuncia a pré-candidatura de Marco Rohr a prefeito e Andrea Schaeffer como pré-candidata a vice.
  • Em entrevista para a Rádio A Hora, o presidente do TCE/RS, Marco Peixoto, confirmou movimentos para “flexibilização” da Lei de Responsabilidade Fiscal para os gestores municipais. Uma ação necessária às cidades colapsadas pelas catástrofes, mas que na prática precisa redobrar a responsabilidade e a idoneidade dos prefeitos. Afinal, não se trata de um “cheque em branco”.
  • Hoje, uma equipe da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e do Exército visitam o Vale do Taquari para projetar ações de “revegetação” de áreas impactadas nas encostas de morros e rios.
  • O PSDB de Encantado está muito mais próximo do MDB do que do PP. Aliás, há quem descarte por inteiro uma eventual aproximação dos tucanos com os Progressistas, já que o ex-prefeito Paulo Costi (PP) não vai abrir mão da pré-candidatura a prefeito.
  • Ainda em Encantado, há quem aposte em uma chapa pura do PSDB de Jonas Calvi. Com isso, nomes como o vereador Cris Costa (PSDB) também passam a ser especulados no tabuleiro político.
  • Também em Encantado, o governo municipal anuncia Júlio Ripoll – o popular “Jota” – como o coordenador do Centro de Resiliência Climática.

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