A dificuldade das empresas da região em acessar as linhas de crédito dos R$ 15 bilhões do fundo social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por análises equivocadas sobre a mancha de inundação gera desconforto e as críticas chegam ao governo federal.
O secretário executivo do Ministério Extraordinário da Reconstrução, Maneco Hassen, reconhece o problema. “A reclamação é pertinente e verdadeira. Estamos trabalhando para resolver.”
Conforme o porta-voz do governo, se trata da mesma condição no auxílio da manutenção do emprego, do pagamento de dois salários mínimos para funcionários de empresas atingidas pela inundação.
“É fundamental que a empresa informe o governo. Mande os emails para os ministérios. Quando resolver para uma, todas com comprovação de prejuízos diretos terão acesso às políticas.”
Sobre o fim dos créditos, Maneco Hassen acredita que o dinheiro vai chegar para os negócios que mais precisam. De acordo com ele, dos R$ 15 bilhões, foram separados R$ 8 bilhões para empresas com processos, no entanto, o total de depósitos foi de R$ 3,5 bilhões para 1.172 empresas.
“Há recurso disponível e já comunicamos o Tesouro Nacional da necessidade de mais verba para a linha de capital de giro”, destaca o secretário. Em cima dessa ampliação, há outras mudanças para os critérios de concessão dos financiamentos em análise, como a exigência de investimento na cidade sede do CNPJ e ampliação do capital de giro para negócios com lucro cessante (atingidos de maneira indireta).
Nas páginas do A Hora
Na edição de terça-feira, 16, o A Hora relatou as dificuldades enfrentadas pelas empresas da região para conseguir acessar o crédito emergencial do BNDES. Os percalços passam pelo georreferenciamento falho, pois o governo federal excluiu endereços afetados pela inundação de maio; pelos critérios de localização para liberar investimento só na cidade sede; e a oferta preferencial dos bancos aos clientes para linhas comerciais.