Uma reunião agendada na manhã desta quarta-feira, 17, entre o prefeito de Encantado, secretários e geólogos deve definir os próximos passos para reduzir os riscos e garantir segurança aos moradores de áreas mapeadas com pontos de deslizamento.
Conforme o coordenador da Defesa Civil de Encantado, Roberto Pretto, são 25 laudos de pontos que exigem atenção no município. “Agora, é estudar os próximos passos e um deles é trabalhar a comunidade. Tivemos o registro de uma pessoa morta e duas desaparecidas por deslizamentos. Vamos ter que remover pessoas de áreas críticas, construir uma solução para transmitir segurança e deixar essas pessoas seguras”.
A participação da comunidade é essencial nesse momento. Pretto explica que quem teve ocorrência de deslizamento deve entrar em contato e fazer essa comunicação. Equipes seguem atendendo os pedidos. “Contamos com imagens de satélites do Serviço Geológico do Brasil, imagens de drones da defesa civil e essa reunião vai tratar sobre o que fazer daqui para frente”.
O coordenador ressalta que a previsão para os próximos meses é de chuva não em grande volume, mas mais concentradas que vão demandar outros serviços. “Posso ter mais inundações, mais enxurradas, vai inundar e depois passar. Vamos precisar ter drones urbanos de melhor qualidade, trabalhar com infiltração de água, outras formas de mitigação para que não tenhamos esse empasse de cada enxurrada de grande volume ter um problema comunitário muito grande. Precisamos sim adequar nossas cidades para esse momento novo”.
Pretto enfatiza que os deslizamentos foram novidade para as comunidades do Vale. “A reação também deverá ser construída com critérios técnicos e segurança. Estamos construindo a partir de agora uma outra situação em um outro momento. A enchente passa a ser um dos componentes do nosso problema e os deslizamentos de massa não vão fugir da nossa vida”.
Ainda, durante entrevista ao programa Frente e Verso, o coordenador da defesa civil destaca o trabalho realizado desde os primeiros dias da tragédia climática da Humus Brasil, Ong fundada em Minas Gerais e que tem auxiliado o trabalho de resgate e prestação de serviço de assistência às comunidades. “Com padrão mundial, trouxeram para a região o projeto Agente Capaz, capacitar pessoas da comunidade para capacitar pessoas da comunidade. Os salvamentos de soterramentos, deslizamentos de terra ou terremotos, a comunidade é muito mais ágil para chegar e, geralmente, a comunidade presta os primeiros atendimentos, por isso, é fundamental esse tipo de projeto”.
Acompanhe a entrevista na íntegra
