A temporada que iniciou com grande expectativa vai se desenrolando como mais um ano de frustração no Internacional. O Colorado vive um eterno sonho de “agora vai” desde que conquistou o último título. A esperança era grande para que 2024 fosse marcado como o ano em que as taças voltariam à prateleira.
Tudo foi feito certo, até a bola rolar. As contratações foram boas, o técnico teve continuidade, a torcida iniciou o ano com forte apoio. Pouco a pouco tudo foi ruindo. Jogadores badalados não entregaram até aqui o que se esperava. Na verdade, alguns pouco jogaram. O ataque que pode ser considerado um dos melhores do continente, formado por Borré e Valencia, atuou apenas uma partida completa.
O técnico tido como enérgico, formador de times protagonistas, que exercia pressão no adversário, não conseguiu tirar nada disso do elenco. E assim Eduardo Coudet foi justamente demitido pela direção, que por outro lado, demorou para tomar a decisão, uma vez que o presidente Alessandro Barcellos sabia que o treinador não era mais “comprado” pelo elenco.
A demora é uma constante na gestão do presidente. Nas temporadas passadas, demorou para formar o elenco e, quando formou, já era tarde. Nesta, montou o time na hora certa, mas perdeu o pulso na hora de demitir o treinador e, mais grave, na hora de contratar o sucessor.
Assim, por erros em várias lados, o Internacional foi eliminado na semifinal do Gauchão, jogou a partida de volta do confronto em que foi eliminado na Copa do Brasil sem treinador, e viajou para a Argentina para jogar a ida de uma mata-mata igualmente sem comandante.
A discussão do momento é sobre quem assumirá o time. Roger Machado, Fernando Diniz, Sérgio Conceição, Mourinho ou Guardiola, ninguém terá vida fácil no Beira-Rio. Porque ninguém tem vida fácil na eterna panela de pressão que se tornou o clube desde os já longínquos anos de glória.