Conhecer novas culturas e se dedicar ao voluntariado. É com esse objetivo que alunos e professores de diferentes cursos da Univates viajaram até o estado do Pernambuco para participar do projeto Rondon. Neste ano, por meio da Operação Velho Chico, as cidades selecionadas foram as que se ligam pelo Rio São Francisco. A equipe da universidade atua de 4 a 21 de julho no município de Cabrobó.
Desenvolvido pelo Ministério da Defesa, o projeto busca desenvolver comunidades e proporcionar melhor qualidade de vida aos moradores. Os estudantes atuam em áreas como saúde, educação, cultura, direitos humanos, meio ambiente, tecnologia, produção, trabalho e comunicação.
Entre os oito estudantes e professores da Univates, está Núbia Luana de Oliveira, 28. Formada em pedagogia, hoje ela cursa Letras na universidade e diz que a experiência agrega tanto para o pessoal quanto para o profissional.
“O Rondon nos tira da zona de conforto e nos coloca diante de uma realidade completamente diferente da que vivemos. Além disso, é poder ser agente de transformação, desenvolvimento e melhora social”, afirma.
Mais de dez dias depois de iniciada a operação, Núbia diz que as expectativas foram superadas. A santaclarense acredita que o exemplo é a melhor maneira de ensinar, por isso destaca a importância de cada ação desenvolvida pelo grupo com a comunidade de Cabrobó.
Na prática
As atividades, conforme Núbia, envolvem círculos de construção de paz, projetos para enaltecer as belezas do município, momentos de cinema, iniciativas para a reutilização de água, agroecologia, atividades de ciências, construção de pontes e robótica. Além de ações relacionadas à economia circular, ferramentas para a utilização de tecnologias para agregar nos negócios e atividades de utilização de plantas locais.
O encerramento será marcado por uma mostra com apresentação de tudo que foi feito durante a estadia no município. “Diferentes pessoas fizeram parte das oficinas, tivemos encontros com comunidades quilombolas e indígenas, além de pessoas do centro da cidade, e com secretarias do município”.
Núbia destaca que, apesar de não ser possível atender toda a população de forma direta, as atividades são desenvolvidas com agentes comunitários que repassam as iniciativas aos moradores.
Troca cultural
Dentro da organização do grupo, a ideia é estimular o que cada um tem de melhor. Núbia participou de forma mais ativa nas ações relacionadas à escola, tanto com alunos quanto professores. Ela conta ter ensinado sobre as tecnologias e ferramentas disponibilizadas pelo governo, e elaborou uma atividade de ciências com o lançamento de foguetes, como uma maneira lúdica de trabalhar os conceitos da área.
“A gente trabalha bastante, mas vemos o quanto essa experiência vai ficar marcada como algo positivo. É muito especial estar aqui”. A troca cultural é outro ponto destacado por ela, que se permite aprender com a diversidade.