No mês que encaminhou o primeiro embarque de produtos para as Filipinas, a Dália Alimentos vislumbra ingresso em outros países do continente asiático. A projeção foi feita pelo Gerente da Divisão Comercial Carnês e Derivados, Igor Estevan Weingartner, em entrevista ao Conexão Regional da Rádio A Hora, nesta segunda-feira, 15.
Conforme Weingartner, o plano estratégico da cooperativa com sede em Encantado inclui a entrada em mercados referência no cenário macroeconômico mundial como Japão, China e Coreia do Sul, pelo potencial de compra e grande demanda destes países. “Volumes são bons, são mercados exigentes, mas que remuneram o investimento aplicado no processo”, especifica.
A intenção é que o processo de habilitação avance ainda em 2024, a partir de visitas de veterinários destes países asiáticos para conhecer a planta das indústrias gaúchas. “A gente procura se habilitar para todos os mercados. Não é sempre que surgem, são janelas que se abrem. Muitas vezes ocorre por missões oficiais ou visitas diplomáticas”, explica o gestor da cooperativa.
O abate de suínos e frangos foram normalizados nas unidades de Encantado e Arroio do Meio, respectivamente, após a catástrofe de maio. Além das negociações com países estrangeiros, outro trunfo para a Dália ingressar em novos mercados passa pela diminuição das plantas em países da Europa, o que aumenta o interesse no produto brasileiro. “O segundo semestre muito positivo para suinocultura. Há demanda a ser abastecida a nível de mundo. A carne brasileira vai ser procurada pelos compradores mundiais, muito pelo custo de produção estabilizado”, analisa.
Cortes da Dália nas Filipinas
No começo deste mês ocorreu o primeiro embarque de carne industrializada pela Dália Alimentos para Filipinas, o mais recente país que passou a receber o produto gaúcho. Em 2023, o Brasil exportou aproximadamente 345 mil toneladas de carne suína e de frango para o país do sudeste asiático.
Atualmente a Dália possui mais de 20 habilitações e chega com a carne suína para até 25 países e com a proteína animal de frango em 16 nações de diferentes continentes, além do mercado nacional, carro-chefe da cooperativa.
Assista a entrevista na íntegra: