Apesar das cobranças internas e da pressão externa, o presidente do Grêmio, Alberto Guerra, e seus vice-presidentes decidiram dar respaldo ao técnico Renato Portaluppi, ao vice de futebol Antonio Brum e ao executivo Luis Vagner Vivian. Na avaliação do clube, eventuais trocas agora prejudicariam o trabalho do time e o processo de contratações.
A direção acredita que não há no mercado outro treinador com mais capacidade e condições de tirar o Grêmio desta situação do que Renato. Além disso, os dirigentes confiam em uma melhora do time. Atletas como Jemerson, Soteldo e Diego Costa devem reforçar o time em breve. A avaliação é de que um novo técnico, seja ele quem for, enfrentaria hoje as mesmas dificuldades, mas com menos condições de trazer resultados do que Renato.
Já o departamento futebol é alvo de cobranças internas e pressões externas. Internamente, apesar de cobrados, os dirigentes de futebol contam com a confiança da direção. Antonio Brum é visto como um bom conhecedor do mercado, peça-chave no processo de contratações que deram êxito, como Diego Costa, além de ter ótima relação com Renato e com o grupo. Já Luis Vagner é elogiado pelas relações que tem com atletas e dirigentes, em virtude de sua experiência na Seleção Brasileira, e pelo seu trabalho nas outras atribuições da pasta, como logística e questões administrativas.
Por isso, o Grêmio avalia que uma eventual demissão de Brum e Luis Vagner serviria unicamente para criar um fato político ou dar uma resposta ao torcedor, mas que não traria benefícios práticos e atrapalharia o processo de contratações, que está em andamento e deve, conforme a expectativa do clube, render reforços importantes nos próximos dias.
Por todos estes motivos, o Tricolor descarta mudanças. Ao menos até amanhã, quando o Tricolor enfrenta o Cruzeiro, em Caxias do Sul, pelo Brasileirão.