As cooperativas têm papel importante no desenvolvimento do Vale do Taquari. Por meio de suas atividades econômicas, elas contribuem para o crescimento da região em setores como o de crédito, saúde, infraestrutura, agropecuário e bens e serviços. No Dia Internacional do Cooperativismo (Dia C ou Dia do Cooperar), celebrado em 6 de julho, o programa Negócios em Pauta debateu sobre a evolução das principais entidades da região, em um bate-papo com representantes das cooperativas, Languiru, Sicredi, Unimed, Dália e Certel.
Com o tema “Cooperativas Constroem um Futuro Melhor para Todos”, em 2024, o Dia C tem por objetivo mostrar como o cooperativismo está alinhado à sustentabilidade e ao compromisso com a comunidade.
Primeira instituição financeira cooperativa do Brasil, o Sicredi possui atuação em todo território nacional. “Ainda assim, nossa preocupação é sempre com a atuação local”, afirma a analista de desenvolvimento do cooperativismo da Sicredi Integração RS/MG, Karine Fröhlich. Para ela, o trabalho voluntário realizado pelas entidades vai muito além das ações desenvolvidas no Dia do Cooperar.
“Criamos no Sicredi um comitê que recebe as demandas e solicitações da comunidade. Temos um trabalho expressivo que sempre olha para o desenvolvimento local, sem deixar de lado a expansão”.
Foto: Jéssica R Mallmann
União de esforços
Outra importante cooperativa para a região é a Languiru. Por muitos anos considerada uma das maiores entidades de produção do estado, a empresa hoje passa por alguns desafios. Ainda assim, ela comprova que, por meio da união de esforços, é possível construir novas histórias de prosperidade e expandir os negócios.
Mesmo após as cheias do Vale, que atingiram os serviços da cooperativa, em especial a Fábrica de Rações em Estrela, a entidade inicia uma nova fase, de reconstrução. “É um período de grandes desafios para empresas e cooperativas que trabalham com proteína animal. Ainda assim, os segmentos em que a Languiru atua, de certa forma, encontraram estabilidade nesse período mais recente”, afirma o superintendente da Languiru, Ricardo Marques.
Para a Certel, maior e a mais antiga cooperativa de eletrificação do país, o trabalho e a cooperação das pessoas foram fundamentais para que o Vale pudesse ser religado. “Tivemos um reforço cooperativista. O sistema todo foi fundamental para que a gente pudesse repor a energia”, lembra o diretor executivo da Certel, Ilvo Poersch.
Devido a dificuldade de acesso, algumas áreas ainda não puderam ser restabelecidas. Mas Poersch ressalta que as equipes continuam trabalhando para reconduzir todas as ligações.
Princípio de solidariedade
Uma das principais características do movimento cooperativista é a solidariedade. Tal princípio ficou ainda mais evidente após as catástrofes climáticas, de acordo com o presidente da Dália Alimentos, Gilberto Piccinini.
Ele relata que a cooperativa ficou 17 dias parada e há propriedades rurais em que ainda não foi possível retomar as atividades. Para ele, o apoio de todo o sistema nacional é importante para a reconstrução. “Nunca praticamos tanto esse princípio da solidariedade que já está na essência das cooperativas”.
Hoje, a Dália retomou as operações nas fábricas, mas ainda encontra limitações logísticas para voltar a abastecer todo o estado.
Destaque em inovação
Maior cooperativa de saúde do mundo, a Unimed também possui abrangência nacional e chegou à região dos Vales em 1971. Uma de suas características é a busca constante por tecnologias que possam colaborar com a saúde das comunidades em que atua.
“A área assistencial e médica sempre acompanhou a evolução tecnológica, que agora tem tido uma velocidade muito grande de transformação. Estamos acompanhando isso e fazendo essa transformação juntos”, conta o presidente da Unimed VTRP, Neori Gusson.
