Ao avaliar a participação na Marcha dos Prefeitos, ocorrida nesta semana em Brasília, o prefeito de Arroio do Meio, Danilo Bruxel descreve como indispensável a presença regional para pressionar a União. “Não podíamos deixar de participar. O governador viu a importância do encontro e participou do evento. Deputados estaduais, secretários, todos presentes para pressionar o governo federal para ajudar o estado e os municípios afetados pelas enchentes.”
Ainda, caso ele e os demais prefeitos do RS não tivessem participado, não teriam a expectativa de receber mais recursos. “Fomos para implorar para o governo federal que precisamos de mais ajuda. Mais de 400 gestores pedindo e implorando para o governo federal ajudar nesse momento tão difícil que os municípios estão passando.”
Bruxel esclarece que Arroio do Meio possui pleitos encaminhados em Brasília, na Defesa Civil Nacional e, nessa semana foram liberados R$ 2,4 milhões para construção de seis pontes. O município demanda também de recursos para a recuperação de áreas afetadas, estradas, acessos, além da construção de moradias. “Já temos um pleito encaminhado desde setembro, anunciado pelo governo federal, para a construção de mais de 500 moradias, mas precisamos de mais.”
Após novos episódios de enchentes, o município contabiliza, pelo menos, a necessidade de mil novas moradias. São cerca de 60 famílias que ainda seguem alojadas em três ginásios do município.
O prefeito reforça, ainda, que o movimento em Brasília permitiu a reivindicação sobre a reposição das perdas do ICMS e ISS. “No mês de maio, Arroio do Meio teve uma redução de mais de 20% e para este mês, projetamos uma redução de 25%.”
Moradia X Travessia
A questão das moradias já era uma preocupação da grande maioria dos gestores do Vale do Taquari e se agravou com as novas cheias. Arroio do Meio, segundo Bruxel, já possuía o aluguel social para 200 famílias, construção de 28 moradias provisórias. Mesmo assim, muitas famílias ainda precisavam de uma casa mais digna para morar. Foram confirmadas a construção de 294 casas por meio da Defesa Civil e 212 do Ministério das Cidades. Porém, ainda não iniciaram a construção. “Após as novas cheias, o município demanda de, pelo menos, mil novas moradias.”
Já a travessia entre Lajeado e Arroio do Meio segue preocupante para a gestão. Conforme Bruxel, a Ponte de Ferro minimizou o impacto, mas a demanda das empresas vai além. “Precisamos de uma solução urgente. Não podemos nem imaginar a perda de uma empresa no município sabendo que temos tanta coisa para fazer. Mesmo com a quantidade de empresas locais, o ICMS segue em queda. Estamos focados na construção da cabeceira da Ponte do Exército que está na reta final. É uma solução paliativa. Estamos cobrando do governo estadual, junto com a EGR, a ponte que será feita na ERS-130. Portanto, vamos continuar pressionando para que essa travessia seja feita o mais breve possível. A ponte ao lado da de ferro, assumida pelo governo federal é outra grande expectativa.”
Construção das primeiras casas
Com a liberação da verba de R$ 8 milhões por meio de financiamento pelo Finisa nesta semana, a gestão segue buscando e avaliando áreas de terra. O município já possui três áreas que devem auxiliar nesse processo. Alguns bairros estão na lista de não mais habitáveis, dentre eles, o Navegantes e Tiradentes.
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