Desafios para a realização das eleições municipais no Vale do Taquari após as enchentes históricas estarão no centro das discussões de uma audiência pública na manhã de hoje, em Lajeado. A atividade, promovida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) na sala do júri do Fórum da Comarca local.
Presidente empossado este ano no tribunal, Voltaire de Lima Moraes participa evento. Também estão presentes líderes regionais de partidos políticos, chefes dos cartórios das zonas eleitorais instaladas no Vale do Taquari e representantes do Ministério Público e Poder Judiciário.
O encontro foi organizado com o propósito de verificar a situação dos locais de votação atingidos pelas enchentes de setembro e novembro do ano passado e de maio deste ano. Há escolas, ginásios e outras estruturas que foram devastadas pela catástrofe climática e não terão condições de receber eleitores e mesários em outubro.
A partir de uma análise inicial, os maiores problemas se encontram em locais de votação situados em Lajeado, Cruzeiro do Sul, Estrela, Colinas, Arroio do Meio, Marques de Souza, Encantado, Muçum e Roca Sales.
Nesses casos, eleitores serão remanejados para outros pontos. O Cartório de Arroio do Meio, por exemplo, já detalhou a substituição de seções no município-sede.
Reuniões preparatórias
Esta é a primeira reunião feita pelo TRE-RS na região em 2024. A proximidade do pleito – agendado para 6 de outubro – mobiliza integrantes do tribunal, que intensificam as reuniões preparatórias. O Vale ganhou uma atenção especial este ano justamente por conta da situação das enchentes.
Na quarta-feira, o tribunal reuniu representantes de diretórios estaduais de partidos de todo o RS para tratar de assuntos referentes às eleições. O encontro virtual teve como objetivo o alinhamento de informações e os principais marcos do período eleitoral, relativos ao registro de candidaturas.
Manutenção
A realização de eleições no RS foi colocada em xeque pelo governador Eduardo Leite em maio, poucos dias após a tragédia que devastou diversos municípios gaúchos. A posição do chefe do executivo gaúcho encontrou eco em uma parcela da sociedade. No entanto, a possibilidade de adiamento nunca chegou a ser discutida de forma oficial nos tribunais ou no Congresso Nacional.