A seleção para preencher cargos no Executivo de Lajeado está sob análise. Os exames foram aplicados no domingo passado, 30 de junho. Organizado pelo Instituto Latinoamericano de Desenvolvimento (ILD), vencedor da licitação, o trâmite do concurso será investigado por uma comissão interna.
Conforme a secretária de Administração, Elisângela Hoss, entre 30 a 60 dias serão necessários. Com isso, todos os atos seguintes do concurso, como correção das provas, recursos quanto aos resultados, e informações sobre a colocação dos participantes ficam suspensos até concluir a averiguação. “Depois deste período, o governo decide se vai anular ou manter o concurso”, diz Elisângela.
O Ministério Público de Lajeado recebeu mais de 50 reclamações sobre o certame. O promotor João Pedro Togni decidiu abrir inquérito. Mais de 1,7 mil pessoas estavam inscritas no concurso.
Entre as suspeitas estão a falta de fiscais, de controle no acesso aos banheiros e aos prédios das provas. Também houve informações de uso de smartwatch (relógio com acesso a internet) e questões com respostas dúbias.
Próximos passos
Caso a administração anule o concurso, o valor das inscrições será devolvido aos candidatos e uma nova licitação será feita para contratar outra empresa para aplicar as provas.
Neste sentido, o município lança um edital de suspensão e notifica a empresa ILD sobre a decisão. De acordo com o governo de Lajeado, não houve pagamento da empresa contratada. Pelo contrato, o depósito só ocorre em caso de o certame ser mantido e concluído. Do contrário, não há pagamento. Se houver comprovação de alguma irregularidade, a empresa terá de responder judicialmente.
