Moradores se mobilizam por reforma de salão comunitário

BAIRRO IGREJINHA

Moradores se mobilizam por reforma de salão comunitário

Espaço de convívio no Igrejinha está interditado há mais de sete anos. Município cedeu material, mas entidade busca mão de obra entre os moradores para viabilizar trabalhos. Problemas de mobilidade também estão entre as demandas do bairro

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Atualizado segunda-feira,
01 de Junho de 2024 às 08:56

Moradores se mobilizam por reforma de salão comunitário
Castro assumiu entidade em 2023, pagou dívidas e agora quer viabilizar reforma de salão (Foto: Mateus Souza)

Principal espaço para convívio da comunidade durante décadas, o salão comunitário do bairro Igrejinha possui um grande potencial para realização de eventos. No entanto, o imóvel está fechado há cerca de oito anos por má conservação. Reformá-lo é um dos objetivos principais da associação de moradores nos últimos anos.

Para conseguir efetuar a obra, a entidade conseguiu apoio do Poder Público, que se comprometeu em fornecer os materiais necessários. Já a mão de obra ficaria a cargo da própria comunidade. Contudo, a reforma ainda não saiu do papel, o que levanta dúvidas sobre o futuro do salão e o seu reaproveitamento.

Presidente da associação de moradores desde 2023, Cleber de Castro comenta que parte do material foi disponibilizado em março e está pronto para ser utilizado. “Nós queremos uma reforma total. Tem que tirar o telhado e fazer mais alto, pois o que tem ali está tudo podre. E o piso também precisa ser trocado e emparelhado, pois a pista é muito baixa”, comenta.

Com o salão reformado, Castro espera dar andamento ao trabalho na diretoria, que conseguiu quitar as dívidas antigas da entidade. Para isso, espera também engajamento das pessoas. “O salão está ali. E a mão de obra é nossa. Se a cada sábado estivermos trabalhando e uma pessoa carregar madeira e tijolo, a obra anda mais rápido”.

O salão comunitário foi construído há mais de duas décadas, com mão de obra comunitária. Além da reforma do espaço, há planos para a construção de um ginásio. No entanto, o próprio governo municipal já afirmou que não há um prazo de execução.

Abrigo de
ônibus na
rua Henrique
Carlos
Becker apresenta
problemas (Foto: Mateus Souza)

Problemas de mobilidade

A comunidade do Igrejinha também se queixa de problemas na mobilidade urbana. As principais ruas por onde circulam os ônibus do transporte coletivo urbano estão esburacadas. Mesmo a Henrique Carlos Becker, que é asfaltada em boa parte de sua extensão, apresenta danos estruturais que prejudicam motoristas e pedestres.

“Sempre quando solicitamos melhorias, demoram para aparecer”, lembra Castro. Outras vias consideradas “problemáticas”, conforme ele, são as ruas Esmeralda, Ametista – por onde passa o caminhão de lixo – e a avenida Diamante. Nelas, há trechos de chão batido com buracos que dificultam a trafegabilidade.

Já a oferta de horários de ônibus atual não atende às demandas da população, segundo o presidente da entidade. “Reclamavam muito da antiga concessionária do serviço, mas antes tínhamos ônibus de hora em hora aqui. Agora, tem um às 6h e se perde, depois somente às 10h. São horários muito espaçados”, lamenta.

Além disso, abrigos como o existente na rua Henrique Carlos Becker apresentam condições precárias. O ponto é muito utilizado por alunos que frequentam escolas de bairros vizinhos.

Outro pedido
de moradores
é por melhorias
nas áreas de
lazer, como as
praças (Foto: Mateus Souza)

Lazer

Outra carência apontada no Igrejinha é falta de espaços de lazer. As duas pracinhas existentes atualmente estão em condições precárias. Conforme a agente de saúde e líder comunitária, Neusa Nunes, o muro de uma das praças desabou, mas até hoje não foi trocado.

Já o campo de futebol do Esporte Clube Guarani é bastante utilizado. No entanto, a Associação de Moradores sente falta de um campinho de dimensões menores, como existem em outros bairros da cidade.

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