Principal espaço para convívio da comunidade durante décadas, o salão comunitário do bairro Igrejinha possui um grande potencial para realização de eventos. No entanto, o imóvel está fechado há cerca de oito anos por má conservação. Reformá-lo é um dos objetivos principais da associação de moradores nos últimos anos.
Para conseguir efetuar a obra, a entidade conseguiu apoio do Poder Público, que se comprometeu em fornecer os materiais necessários. Já a mão de obra ficaria a cargo da própria comunidade. Contudo, a reforma ainda não saiu do papel, o que levanta dúvidas sobre o futuro do salão e o seu reaproveitamento.
Presidente da associação de moradores desde 2023, Cleber de Castro comenta que parte do material foi disponibilizado em março e está pronto para ser utilizado. “Nós queremos uma reforma total. Tem que tirar o telhado e fazer mais alto, pois o que tem ali está tudo podre. E o piso também precisa ser trocado e emparelhado, pois a pista é muito baixa”, comenta.
Com o salão reformado, Castro espera dar andamento ao trabalho na diretoria, que conseguiu quitar as dívidas antigas da entidade. Para isso, espera também engajamento das pessoas. “O salão está ali. E a mão de obra é nossa. Se a cada sábado estivermos trabalhando e uma pessoa carregar madeira e tijolo, a obra anda mais rápido”.
O salão comunitário foi construído há mais de duas décadas, com mão de obra comunitária. Além da reforma do espaço, há planos para a construção de um ginásio. No entanto, o próprio governo municipal já afirmou que não há um prazo de execução.
Problemas de mobilidade
A comunidade do Igrejinha também se queixa de problemas na mobilidade urbana. As principais ruas por onde circulam os ônibus do transporte coletivo urbano estão esburacadas. Mesmo a Henrique Carlos Becker, que é asfaltada em boa parte de sua extensão, apresenta danos estruturais que prejudicam motoristas e pedestres.
“Sempre quando solicitamos melhorias, demoram para aparecer”, lembra Castro. Outras vias consideradas “problemáticas”, conforme ele, são as ruas Esmeralda, Ametista – por onde passa o caminhão de lixo – e a avenida Diamante. Nelas, há trechos de chão batido com buracos que dificultam a trafegabilidade.
Já a oferta de horários de ônibus atual não atende às demandas da população, segundo o presidente da entidade. “Reclamavam muito da antiga concessionária do serviço, mas antes tínhamos ônibus de hora em hora aqui. Agora, tem um às 6h e se perde, depois somente às 10h. São horários muito espaçados”, lamenta.
Além disso, abrigos como o existente na rua Henrique Carlos Becker apresentam condições precárias. O ponto é muito utilizado por alunos que frequentam escolas de bairros vizinhos.
Lazer
Outra carência apontada no Igrejinha é falta de espaços de lazer. As duas pracinhas existentes atualmente estão em condições precárias. Conforme a agente de saúde e líder comunitária, Neusa Nunes, o muro de uma das praças desabou, mas até hoje não foi trocado.
Já o campo de futebol do Esporte Clube Guarani é bastante utilizado. No entanto, a Associação de Moradores sente falta de um campinho de dimensões menores, como existem em outros bairros da cidade.