Contos de fada brasileiros

Opinião

Marcos Frank

Marcos Frank

Médico neurocirurgião

Colunista

Contos de fada brasileiros

Era uma vez três porquinhos que saíram da casa da mamãe para explorar o mundo. Depois de muito viajar os três resolvem sentar raízes e cada um começou a fazer sua casinha. O primeiro porquinho, muito preguiçoso, pegou palhas e galhos e fez um abrigo. O segundo porquinho que também não era muito previdente construiu uma casa irregular de madeira. Já o terceiro porquinho, muito previdente resolveu fazer uma casa de tijolos. Foi na prefeitura, pagou as taxas e esperou a liberação da sua obra. Esperou, esperou e esperou…

Veio então um lobo muito grande e muito esfomeado. Com um sopro derrubou a casa do primeiro porquinho que correu e se refugiou na casa do segundo porquinho. O lobo com um pouco mais de esforço derrubou a segunda casa e os dois porquinhos correram para a casa do terceiro porquinho.

Lá encontraram pilhas de tijolos e o irmão dormindo debaixo de lonas.

– Cadê a casa de tijolos, perguntaram assustados?
– Ainda não saiu a licença!
– Ai meu deus!

E foram devorados pelo lobo que de barriga cheia pensou: “ Como é bom ser o lobo mau num país cheio de burocracia.”

Era uma vez um menino chamado João e sua irmã Maria, que moravam em uma casa perto da floresta. Um dia eles se afastaram de casa e se embrenharam na mata.

Para não se perder foram jogando pedacinhos de pão pelo chão. Mas os passarinhos comeram o pão e os dois ficaram com fome e perdidos na floresta.

Foram encontrados por uma simpática velhinha que trabalhava na assembleia legislativa do Rio de Janeiro. Foram alimentados, tomaram banho e comeram muitas guloseimas.

A velhinha cortou suas unhas, colocou roupas novas… e os vendeu para um casal de suecos.

Nunca mais se ouviu falar de João e Maria, a não ser pelas fotos amareladas naqueles cartazes de desaparecidos.

Era uma vez, há muito tempo, um homem e uma mulher jovens, poderosos e ricos, mas pouco felizes, porque não tinham concretizado maior sonho deles: terem filhos.

Estavam quase perdendo as esperanças quanda a rainha finalmente engravidou e deu a luz uma bela menina chamada Aurora. Todos estavam felizes menos uma vizinha muito invejosa que rogou uma praga:

– Algo terrível acontecerá quando ela fizer 15 anos.

No dia em que completou quinze anos, o pai e a mãe estavam ausentes, ocupados numa caçada. Talvez, quem sabe, em todo esse tempo tivessem até esquecido a praga da vizinha malvada.

Aproveitando a ausência dos pais Aurora deu uma festa na mansão regada a muito alcool e musica. Aproveitando-se da ingenuidade da menina,alguns rapazes colocaram “boa noite Cinderela” na sua bebida.E a bela menina caiu num sono profundo.

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