“Senti que por meio da música eu conseguiria fazer as pessoas felizes”

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“Senti que por meio da música eu conseguiria fazer as pessoas felizes”

Natural de Teutônia, Caio Vinícius Maders Käfer, conhecido artisticamente como DJ Kaf3r, é um jovem de 19 anos apaixonado por música eletrônica. Recentemente, teve a oportunidade de se apresentar no prestigiado festival “Só Track Boa” de São Paulo, para um público de 32 mil pessoas

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Atualizado sexta-feira,
28 de Junho de 2024 às 16:59

“Senti que por meio da música eu conseguiria fazer as pessoas felizes”
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Como você começou na música e o que te atraiu para o ramo da música eletrônica?

Eu escolhi iniciar na música por conta de outros dois DJs, o Kvsh e também Vintage Culture. São profissionais incríveis e que me chamaram atenção quando fui pela primeira vez no Planeta Atlântida, em 2020. Assisti o show do Vintage e comecei a gostar muito de música eletrônica. Nunca fui tão próximo do estilo musical, sempre escutei outros tipos, mas depois do show, me apaixonei. Aquela energia despertou em mim muita curiosidade, cheguei em casa e fui pesquisar mais sobre os artistas e músicas. Em 2021 fui ao Planeta novamente, dessa vez, para ver especialmente o Kvsh. No mesmo dia teve show do Alok que também prendeu minha atenção. Esses nomes me inspiraram a começar.

Quais artistas ou gêneros musicais inspiram seu trabalho como DJ?

Eu me inspiro muito no Rock Nacional e nas músicas eletrônicas em geral, minha maior referência está nos trabalhos que os outros artistas fazem, gosto de acompanhar.

Como decide o que tocar durante uma apresentação ao vivo?

Gosto muito de analisar as cidades onde vou me apresentar, para trazer um pouco do que o pessoal curte além das minhas produções. Meu show sempre vai ter alguma referência para impactar mais o sentimento das pessoas que estão lá curtindo, mas é a minha essência que sempre predomina. Geralmente produzo minhas sequências no mínimo uma semana antes, procuro ter esse cuidado porque para mim, todos os lugares que me apresento são muito especiais e importantes. E a produção das minhas músicas acontece no cotidiano, meu processo de trabalho é buscar por uma referência, encaixar o projeto inicial no programa e, baseado nela, faço a estruturação da minha própria música. Busco por elementos que representem o meu estilo, tudo é feito por meio do digital, instrumentos, voz, todos os complementos.

Qual foi o momento mais memorável da sua carreira?

Foi quando o DJ Vintage Culture tocou minha música ao vivo para mais de 30 mil pessoas. Esse momento aconteceu durante o festival “Só Track Boa” que ocorreu nos dias 14 e 15 de junho desse mês. E em março desse ano, teve outro festival europeu em São Paulo, no Autódramo de Interlagos, chamado Afterlife, onde outras duas inspirações tocaram minha música nos shows, que foi o DJ Kevin de Vries e o DJ Cassian. Foi uma sensação inexplicável, muito gratificante.

Qual foi a reação dos seus pais quando descobriram que você queria seguir na música?

No início, eu levava esse desejo como um hobbie, nunca imaginei a proporção que o meu trabalho tomaria. No fundo, sempre soube que a música era meu sonho, mas ainda não tinha coragem de expor isso para os meus pais. Nos momentos em que eu estava sozinho, falava para mim mesmo que um dia, minha música impactaria a vida de muitas pessoas. Mesmo com medo, meus pais me apoiaram desde sempre, mas diziam para eu não largar tudo de uma vez. Antes de focar 100% na música, eu trabalhava há quatro anos em uma instituição financeira. Iniciei como jovem aprendiz, depois passei para o estágio e quando completei 18 anos, fui efetivado, de certa forma, estava trilhando um caminho muito bom dentro da empresa. Também havia iniciado a faculdade em administração, estava bem encaminhado na área, então largar tudo para seguir uma profissão não convencional foi sinônimo de incerteza. Mas foi uma decisão muito pensada, analisei a situação por bastante tempo e decidi seguir meu sonho.

Quais são os maiores desafios que você enfrenta como DJ?

Ter a certeza de que tudo vai dar certo e não deixar a ansiedade dominar esse pensamento. Vivemos em um mundo onde somos bombardeados com muita informação a todo momento, então deixar a ansiedade de lado e focar naquilo que eu realmente preciso. Eu sempre fui uma pessoa muito calma, sinto que isso me ajuda no processo de diminuir a ansiedade, mas ás vezes é inevitável olharmos para o lado e fazer comparações com as outras pessoas. Muitas vezes surgem questionamentos como “será que estou no caminho certo?”. Saber lidar com essas situações é o meu maior desafio. E outra coisa que me auxilia nesses momentos é a minha fé, tenho uma fé muito grande em Deus, isso também me ajuda a manter os pés no chão e focar no presente. Um dos meus maiores sonhos é conseguir inspirar outras pessoas por aquilo que faço. Sei que é um conselho clichê, mas simplesmente não desista. Independente do sonho, o importante é persistência, foco e fé.

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