“O estado está unido em torno da extinção da dívida”, diz presidente da OAB-RS

ENTREVISTA - CONEXÃO REGIONAL

“O estado está unido em torno da extinção da dívida”, diz presidente da OAB-RS

Leonardo Lamachia diz que valor em discussão representa, ao menos, mudança na vida de três gerações de gaúchos

“O estado está unido em torno da extinção da dívida”, diz presidente da OAB-RS
Estado

Suspensa em função da catástrofe que atingiu o Rio Grande do Sul, a dívida do estado com a União é tema de debate entre entidades estaduais e o governo federal. A subestação gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS) demanda a extinção do débito, que chega a R$ 100 bilhões. A negociação foi tema de entrevista do presidente da OAB-RS, Leonardo Lamachia, em entrevista ao Conexão Regional da Rádio A Hora.

De acordo com o líder da ordem que representa os advogados do RS, o assunto está em pauta desde 2012, inclusive com perícias solicitadas pelo supremo e particular, que analisou as tributações do contrato vigente. “Pelo que a perícia contratada por nós e feita pela Unicamp apurou, passaríamos de devedor de R$ 95 bilhões para credor de R$ 5 bilhões.
É robusta nossa argumentação a partir destas perícias e argumentos técnicos”, considera.

Lamachia entende que a catástrofe ocorrida em todo estado em maio também abre espaço para extinção da dívida que compromete a saúde financeira do Rio Grande do Sul.

“Estamos sofrendo uma injustiça histórica. Esta dívida está quitada há muito tempo e por toda dificuldade precisamos da sensibilidade da união. São mais de 50 entidades que aderiram ao nosso movimento. O estado está unido em torno da extinção da dívida. Falamos de mudança na vida de no mínimo três gerações de gaúchos.

Acompanhados do governador Eduardo Leite, a direção da OAB-RS reuniu-se com o ministro Luiz Fux em audiência pública. Ficou decidido que o estado e os municípios vão receber do governo federal uma antecipação de R$ 680 milhões, referentes a compensações do ICMS a que já teriam direito para o ano que vem.

O montante seria usado para abater a dívida gaúcha, e agora será pago em dinheiro. Do total, R$ 510 milhões vão para o caixa do governo do Estado; o restante, para os municípios.

Confira a entrevista completa:

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