Pela primeira vez, não tive medo da chuva, ela caía mansa, devagar e calma, não vinha com violência, nem com a carga de sofrimento que vinha das outras vezes, molhava minha capa e corria pelo meu chapéu. Eu segurava as rédeas por baixo do poncho e me ia, pensativo. As cargas do mundo eram lavadas de mim, pela chuva que escorria pelo lombo do meu pingo e eu pensava: “por que reclamamos tanto?”
Devemos sempre agradecer quando catástrofes e cataclismos anunciados não acontecem, devemos ser gratos, porque alguém estava atento para nos avisar, e saber que existia a preocupação de fazer certo desta vez e poupar tantas vidas e prejuízos.
Assim devemos agir, e não ficar brabos e espraguejar a todos que erraram na previsão, e se eles tivessem acertado?
Então, calma, vamos seguir a vida e parar de tanto reclamar, vamos agradecer pelo que temos, e pelo que restou. Eu agradeço a cada dia pela saúde e pela oportunidade de poder seguir, com meus amigos e familiares ao meu lado