Por uma nova e moderna Estrela

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Por uma nova e moderna Estrela

Após reconectar as cidades de Arroio do Meio e Lajeado por meio da reconstrução da histórica Ponte de Ferro, o empresário Roberto Lucchese também participa de um movimento para potencializar ainda mais as virtudes de Estrela.

Ontem, o diretor da Lyall Construtora participou de um encontro na sede do Ministério da Reconstrução, em Porto Alegre, com representantes do Executivo estrelense, do governo federal, do Ministério Público, da Patram e da Brigada Militar. Segundo Lucchese, o projeto abrange uma visão geral do município, com novas áreas para residências, departamentos públicos e privados, e outras ferramentas necessárias à população. Tudo fora das áreas alagáveis, claro.

Além de um moderno sistema logístico que envolve nova avenida paralela à ERS-129, conectando ainda mais as regiões de São José e Costão, e a implantação do BRT como alternativa ao transporte público coletivo, com integração entre trens e ônibus. É um projeto audacioso, é bem verdade. Mas o momento e as oportunidades exigem esta audácia.

Tecnovates + APL

Na segunda-feira foi assinado o termo de parceria entre a Tecnovates, que hoje conta com mais de 120 empresas parceiras, 45 empresas residentes, incubadas e pré-incubadas, e cerca de 4500 pessoas vinculadas, e o Arranjo Produtivo Local (APL) Bebidas e Alimentos Vale do Taquari. A parceria prevê a utilização dos serviços e laboratórios da Tecnovates com valores diferenciados, participação em momentos de networking promovidos pelo Parque Tecnológico, acesso a eventos no local e divulgação das ações. Além disso, concede vínculo com a universidade como associado externo.

“Pauta bomba” do aborto em meio à catástrofe?

Todos os parlamentares deveriam estar focados na reconstrução do Rio Grande do Sul e nos reflexos sociais e econômicos da tragédia em todo o solo nacional. Só que não. No Brasil de céu anil, a agenda parlamentar não aprecia a ordem natural dos fatores e, em meio a pior tragédia natural já registrada em solo brasileiro, a ala de oposição no congresso decide invocar uma pauta bomba: o aborto. Vejam bem. Não desprezo o tema. Muito pelo contrário. E tenho opinião formada (é um assunto social de saúde pública, e não de ordem religiosa). O questionamento é no sentido de não permitir distrações à agenda da tragédia sulista, que deveria se manter no topo dos debates até a conclusão das ações e políticas públicas anunciadas e/ou em execução. Não deveríamos aceitar tamanha distração neste momento tão delicado, reforço. Não só por parte dos agentes do parlamento nacional, mas de toda a imprensa, demais influenciadores, e, claro, dos respectivos ouvintes, leitores e telespectadores. Definitivamente, o momento é impróprio para “pautas bombas”.

LAJEADO + BLUMENAU

A vereadora Ana da Apama (PP) protocolou projeto de lei para declarar como “Cidades Irmãs” os municípios de Lajeado e Blumenau (SC), por meio de um “acordo de geminação”. Conforme a proposta, a medida terá por objetivos o fortalecimento dos laços de amizade entre as cidades; acordos e programas de ação com o fim de fomentar o mais amplo conhecimento recíproco, para fundamentar os intercâmbios sociais, ambientais, esportivos, culturais e econômicos, em especial os relativos à organização, administração e gestão urbana; a troca de informações e a difusão em ambas as comunidades das obras culturais, turísticas, desportivas, políticas e sociais, que respondam a seus respectivos interesses; convênios, programas e projetos de colaboração estabelecidos nos diferentes campos de atuação; a facilitação dos contatos entre empresas ou instituições interessadas e os órgãos competentes relativos aos setores responsáveis pelos convênios em cada cidade; entre outros. E o mais importante: compartilhar erros e acertos referentes às catástrofes naturais.

Após tragédias, partidos rivais estudam consenso

As eleições municipais não deverão sofrer alterações nas datas e, portanto, o pleito será realizado em outubro. Diante disso, e da proximidade entre as tragédias climáticas que assolaram boa parte do Vale do Taquari e o aguardado dia do voto, muitos partidos cogitam e sugerem as mais inesperadas alianças como forma de não atrapalhar o complexo processo de reconstrução. Em Lajeado, por exemplo, e eu já escrevi sobre isso na edição do fim de semana, há quem defenda uma inusitada – e até então impensável – aliança entre o PP e o MDB, duas siglas historicamente adversárias na principal cidade do Vale do Taquari. Um movimento que agrada muito mais ao segundo partido, é bem verdade, mas cujo propósito faz todo sentido em um momento inédito de pós-catástrofe e de união de esforços em prol da cidade. Mas não paramos por ai. Em outros municípios vizinhos, também margeados pelo Rio Taquari, antigos desafetos andam mais próximos do que nunca. Portanto, não se surpreendam com eventuais – e excêntricos – consensos nos próximos meses.

TIRO CURTO

  • Os voluntários que iniciaram o movimento Reconstruir Cruzeiro do Sul querem profissionalizar o processo. E não descartam contratar um Executivo remunerado para comandar as ações.
  • Em Arroio do Meio, os representantes da Acisam, CDL e Apreciam – além de outros líderes municipais – organizam a criação do Conselho de Desenvolvimento de Arroio do Meio.
  • Aliás, e sobre conselhos, ontem ocorreu a eleição da nova diretoria do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat). Cíntia Agostini foi aclamada como a nova presidente. E, entre as diversas demandas, destaque para a consolidação de um plano regional de combate às enchentes. Já passou da hora de debatermos de forma séria e regional este tema.
  • Vereador em Lajeado, Jones Vavá (MDB) solicita a colocação de placas de sinalização na Rua Carlos Spohr Filho para quem ingressa no novo viaduto construído nas proximidades da BRF. De fato, é necessário. Em ambos os sentidos. Do jeito que está, o risco de acidente é constante.

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