Com a Expovale + Construmóbil confirmada para novembro, o governo de Lajeado busca acelerar a reforma do Parque do Imigrante. A intenção é de que as obras nos pavilhões 2 e 3 iniciem “nos próximos dias”, de acordo com o prefeito Marcelo Caumo, em entrevista ao programa “Frente e Verso”, da Rádio A Hora 102,9.
Conforme o prefeito, a obra já está licitada e prevê a unificação dos dois pavilhões, que concentram a maior parte dos expositores durante o período de feira. “É uma obra maior, que pode levar de semanas a meses. Mas acreditamos que essa junção esteja pronta até setembro”, salienta.
Em virtude das enchentes recentes, cerca de 200 pessoas permanecem abrigadas nesses pavilhões. Segundo Caumo, dentro do próprio parque há alternativas para realocação dessas famílias. “Podemos remanejar para ficarem nos pavilhões 1 e 4. Isso não impacta nas obras”.
No entanto, o governo também pretende fortalecer o aluguel social na cidade. Algumas alternativas vem sendo construídas para encontrar imóveis temporários a essas famílias. “Mudamos um pouco da sistemática. Colocamos profissionais do município para trabalharem nessa busca”.
O antigo Hotel Brasil, em frente ao Centro Administrativo, está em reformas e todo o prédio será reservado para alocação de famílias. O espaço conta com cerca de 20 apartamentos. “Há um outro prédio no Santo André, que pertencia a um investidor de Santa Catarina. Identificamos e queremos locar aquele complexo todo. Aí, seriam outras 10 famílias realocadas. E assim vamos buscando alternativas”.
Construção de casas
O prefeito também falou sobre a demora na construção das casas para pessoas que perderam seus imóveis nas enchentes. Segundo ele, todos os projetos em andamento ainda estão relacionados à cheia de setembro, como os do Minha Casa, Minha Vida, e do Calamidade.
Para destravar a burocracia, Caumo busca junto ao governo federal a autorização para que se inicie a construção das casas em concomitância com a realização do loteamento, o que não é possível atualmente conforme as regras dos programas federais.
Em relação à cheia de maio, algumas alternativas têm surgido para a construção de casas. Caumo, entretanto, realça que elas não estão aptas a serem executadas em Lajeado. “Uma delas é a repetição do processo de 2023, que não se mostra eficiente. Tem a questão da compra de casas prontas até R$ 200 mil, mas é um produto que não existe no nosso mercado”, frisa.
A melhor opção seria um terceiro modelo, onde o governo autoriza compra do terreno e execução da casa. “Lajeado tem muita oferta de terreno. A partir do momento que vem o recurso, e se o município precisar complementar, vai fazer. Aí o processo flui. Mas é um regramento que ainda não está pronto”.
Pontes
A execução da nova ponte entre Lajeado e Arroio do Meio, segundo o prefeito, está em um processo “nebuloso”. Segundo ele, faltam análises técnicas das justificativas apresentadas pelo município sobre o motivo de executar ao lado da Ponte de Ferro e não onde está a estrutura atual. O governo federal empenhou R$ 6,7 milhões à obra.
A licitação aberta em maio, e que teve a Medabil como empresa vencedora, foi suspensa pelo município. Nesse meio tempo, houve a reconstrução da Ponte de Ferro. “Fiz contato com o Maneco (Hassen, do Ministério da Reconstrução) no domingo. Encaminhamos tudo o que já foi solicitado até agora. Tomara que seja deferido o quanto antes”.
Quanto à ponte metálica do Exército, os serviços estão concentrados na conclusão da cabeceira. “Feito isso, o Exército consegue assumir e projeta até 25 dias para instalar a estrutura. Hoje, estamos focados na cabeceira, mas a partir disso, poderemos focar nos acessos”.
