Não avançou na sessão desta terça-feira, 25, na câmara de Lajeado, o projeto relacionado com a construção de moradias do programa Minha Casa Minha Vida Calamidades, em loteamento no bairro Jardim do Cedro. A principal pendência é com a largura das ruas entre as fileiras de moradias. A votação do texto foi postergada para análise mais criteriosa, inclusive com informações a serem fornecidas pelo setor responsável da administração de Lajeado.
A matéria deu entrada na casa pouco antes da sessão e ingressou na ordem do dia após acordo entre os líderes de bancada. Carlos Eduardo Ranzi (MDB) apresentou uma emenda que fixa a largura das vias para, no mínimo, 14 metros. A indicação sequer chegou a ser analisada devido a um pedido de adiamento.
Heitor Hoppe (PP) declarou que possuía muitas dúvidas em relação ao projeto e que o modelo encaminhado para câmara somado a emenda feita por Ranzi colocava os vereadores em situação complicada. “Já que perdemos temos, não seria melhor adiar mais um pouco e fazer algo bem feito?”, questionou.
Paula Thomas (PSDB) alegou que uma mudança impactaria na aprovação do projeto estrutural pela Caixa Econômica Federal (CEF). “Não tem espaço de profundidade pra fechar com a metragem do Minha Casa Minha Vida, pode atrapalhar o restante do andamento das solicitações de um total de 150 casas”, ponderou. O texto encaminhado pelo Executivo autoriza o pagamento pela execução das obras para estrutura do loteamento em troca de terreno no bairro São Cristóvão para a empresa.
Devido a ausência do homenageado, foi adiada também a concessão do título de “Cidadão Lajeadense Benemérito” para Roberto Lucchese. Entre os textos aprovados está a inclusão de eventos no calendário oficial do município como: a etapa de Lajeado do Circuito dos Vales e as festividades dos 200 anos da Imigração Alemã.
Mozart cobra o Governo
Líder do PP no período em que esteve em uma das cadeiras da câmara, Mozart Lopes (PP) criticou o governo na sessão desta terça-feira. Na vaga de Isidoro Fornari Neto, que se recupera de problemas de saúde, Mozart pediu que a administração acione as empresas com conhecimento para construção de loteamentos e acelere os trâmites para oferecer moradias aos que perderam na enchente. “Vão ficar dois anos esperando. Chame as loteadoras, negocie terrenos prontos, pague a infraestrutura e dê as áreas para estas empresas. É um momento da prefeitura ser parceira das loteadoras. Não temos conhecimento para este tipo de obra”, declarou.
Lopes também pediu a construção de uma rotatória no bairro Olarias, devido ao aumento do fluxo previsto. “A coisa não anda”, disparou.
Novo protesto na sessão
Com cartazes, moradores de Lajeado foram até a câmara em forma de protesto pela demora no andamento de projetos habitacionais. Chegaram a ocorrer manifestações ao longo da sessão e um pedido de espaço para dialogar com os vereadores.
Escolas estaduais atingidas pela enchente
Deolí Gräff (PP) ventilou a possibilidade de o município assumir a estrutura das escolas Castelo Branco (Castelinho) e Fernandes Vieira. As duas são de responsabilidade do estado e estão em obras após serem atingidas pelas enchentes. Não há previsão de conclusão da recuperação. Nesta terça-feira, a secretária estadual de Educação esteve em Lajeado para acompanhar os trabalhos.
