Organização que congrega as entidades empresariais da região, a Câmara de Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT) integrou visita técnica do governo Federal à indústria Oderich. Durante o encontro, em São Sebastião do Caí, o presidente da entidade, Angelo Fontana, reforçou as demandas do setor produtivo ao Ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta.
De acordo com Fontana, a comitiva conseguiu externar as preocupações quanto a insuficiência de recursos do BNDES destinados ao Pronaf, Pronamp e Pronampe. “As enchentes de setembro, novembro de 2023 e maio de 2024 devastaram a economia regional e atingiram empresas que são a mola propulsora na geração de emprego e renda no Vale do Taquari.”
Segundo ele, para mantar as atividades empresariais são necessárias três medidas primordiais. São elas o alongamento por três anos dos endividamentos já contraídos, novos recursos com juros fixos de 6% ao ano, carência de três anos e prazo de sete anos para pagamento, além de um fundo garantidor criado a partir de recursos a Fundo Perdido. “Ao apresentar essas demandas, obtivemos o compromisso do Ministro Paulo Pimenta em trabalhar junto ao Governo Federal para atender e aprimorar essas solicitações.”
Dificuldade de acesso
Coordenador de assessoria técnica da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Diogo Leuck ampliou a discussão sobre as medidas de apoio para a recuperação das empresas. Segundo Leuck, há uma preocupação por parte dos empresários em relação às dificuldades de acesso junto às linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“A Secretaria de Desenvolvimento Econômico está acompanhando esta situação e elaborando uma proposta para melhorar o processo, já que estamos no dia a dia lidando diretamente com os empreendedores”, aponta. Conforme o coordenador, o ministro acolheu as ideias apresentadas e fará uma avaliação para solucionar as dificuldades operacionais.
Adiamento
O BNDES anunciou adiamento do início da liberação dos recursos do Programa Emergencial para o Rio Grande do Sul. Conforme a instituição, a decisão visa aprimorar o programa e garantir que os recursos cheguem o mais rápido possível às empresas e produtores rurais mais afetados pelas chuvas e inundações que assolaram o estado.
A instituição financeira deverá adequar as regras de acesso ao crédito à real extensão do desastre. Para isso, será realizada uma análise técnica detalhada da mancha de inundação, de forma a definir quais tomadores serão considerados elegíveis para acessar os recursos.