“Minhas poesias sussurram, falam e gritam sobre temas universais”

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“Minhas poesias sussurram, falam e gritam sobre temas universais”

Estagiário no Memorial de Estrela e estudante de Letras na Univates, Vinícius Knecht, 31, tem como principal atividade, ser poeta. Até o dia 17 de julho, ele apresenta a exposição “Caminhos: uma exposição contemporânea”, com 62 poemas que falam sobre a vida, amor, perdas, política, religião e identidade, no Memorial. Com livros já publicados, ele programa um novo lançamento e tem como desejo, continuar escrevendo e auxiliando na educação

“Minhas poesias sussurram, falam e gritam sobre temas universais”
Foto: divulgação

Como se tornou escritor de poesias?

Na infância, meus pais me levavam à Biblioteca Pública de Estrela, e descobri os livros. Meu pai me apresentou o rock n’ roll, aprendi a tocar violão e “cantar”. Na escola, minhas professoras me apresentaram Van Gogh e me ensinaram melhor o português – quem me alfabetizou foi a minha mãe. Quando jovem, fui absorvendo e me abastecendo de todas as artes. E eu percebi que podia criar. Aos 18 anos, ao invés de prestar a atenção nas aulas de Direito, eu escrevia sobre os passarinhos. No momento que eu li a palavra “poeminho”, escrita pelo Mário Quintana, eu vi um caminho. No momento que eu li o livro “Toda Poesia”, do Paulo Leminski, eu vi o mesmo caminho. E por aí vai… E por aí foi… Além de escritor de poesias, eu escrevo romances e roteiros para teatro e cinema.

Sobre o que falam suas poesias?

Minhas poesias sussurram, falam e gritam sobre temas universais, como o amor e relacionamentos, perdas, política, religião, tecnologia, identidade e existencialismo. Desafia o leitor a refletir sobre sua própria vida e as complexidades das relações humanas.

Do que se trata a exposição no Memorial de Estrela?

A exposição “Caminhos” transita entre o autobiográfico e o universal. Tecendo uma tapeçaria rica entre emoção e reflexão. O grande ponto de partida da exposição foram duas obras do Paweł Kuczyński – desenhista e pintor polaco especializado em sátira e crítica. Para a minha exposição, eu me inspirei em dois desenhos dele, que também estão expostos no Memorial.

Por que o nome “Caminhos”? E o que a comunidade pode esperar dessa exposição?

O nome “Caminhos” – Uma exposição contemporânea (Por que você se expõe tão pouco?) é apenas um deboche. Os desenhos do Paweł Kuczyński são de dois jovens com os pescoços curvados sob seus smartphones. O que reflete a atualidade. Então, como nos tornamos humanos robóticos, vidrados e zumbis, e já estamos o tempo todo olhando para
baixo, vamos apreciar as poesias que estão no chão do Memorial de Estrela. A comunidade pode esperar uma exposição mais do que autoral e original, aleatória e cheia de metáforas.

O que imagina para o futuro?

Praticamente finalizei o meu terceiro livro, “Amarelando blue”, que será publicado este ano ou no próximo. É o que eu espero no momento. Escrever alguns roteiros para teatro e cinema. Eu escrevo todos os dias e este é o meu maior combustível para a vida. Profissionalmente, quero ajudar e ensinar o máximo de pessoas possível. Emocionar o máximo de pessoas possível. Quero estar sempre presente na educação, nos conhecimentos e, principalmente, nas artes.

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