As cooperativas dos ramos agropecuário e de infraestrutura dos Vales do Taquari e Jacuí prejudicadas pela catástrofe natural que atingiu o estado se reuniram, na última semana, no auditório da sede administrativa da Certel, em Teutônia. Promovido pela Organização das Cooperativas do Estado do RS (Ocergs), com apoio das federações das cooperativas de energia, telefonia, desenvolvimento rural e agropecuárias (Fecoergs e Fecoagro), o evento buscou alternativas para mitigar os prejuízos causados às cooperativas e aos associados.
No ramo agropecuário, além da Cooperativa Dália, estiveram presentes a Languiru e a Cooperagri de Teutônia, a Arla de Lajeado e a Certaja Desenvolvimento de Taquari. Representando o segmento de infraestrutura, além da Certel, participaram a Certaja de Taquari, a Cerfox de Fontoura Xavier e a Celetro de Cachoeira do Sul.
Linhas de financiamento
Para o presidente do Conselho de Administração da Dália, Gilberto Antônio Piccinini, a primeira reunião foi focada em detalhar os prejuízos e iniciar o processo de reunir as principais demandas junto com a Ocergs para, posteriormente, apresentá-las aos governos estadual e federal.
“Realizamos um levantamento geral dos dados sobre os prejuízos causados pela catástrofe no RS e alinhamos as demandas urgentes. Entre elas, é necessário que os governos se sensibilizem com a situação e disponibilizem linhas de financiamento com juros baixos e carência adequada para as cooperativas”, sugere Piccinini.
Ações para restabelecer o desenvolvimento
O presidente da Ocergs, Darci Pedro Hartmann, enalteceu a necessidade da união de esforços pelo fato de o Vale do Taquari ser a região mais atingida. “O objetivo aqui é ouvir, levantar informações e ter o assunto sistematizado. Agora, os grupos técnicos vão trabalhar nos projetos para que consigamos recursos dos governos estadual e federal e de uma frente cooperativista da Alemanha. Vamos recolher todas as informações e, provavelmente nos próximos dias, nos reuniremos com os ministros de cada setor”, adianta.
Hartmann enfatizou o impacto da enchente histórica e os aprendizados que devem ser implementados. É preciso, segundo ele, uma solução definitiva, com financiamentos para as cooperativas, alongamento de prazos para os produtores e recursos a fundo perdido. “Vamos trabalhar com muita força, vontade e fé. Nunca vai se resolver tudo, porque o povo perdeu seu lugar, seu espaço, seu grau de afetividade.Temos a obrigação de auxiliar nessa reconstrução para que os associados possam voltar a viver com tranquilidade e produzindo. O cooperativismo tem essa capacidade de sempre buscar e ressurgir das cinzas. É nos momentos mais difíceis que mostramos a nossa diferença, pois somos uma sociedade de pessoas”, sublinha.
LEGENDAS:
Reunião mobilizou cooperativas agropecuárias e de energia dos Vales do Taquari e Jacuí
crédito: Bruna Becker/divulgação