Da fábrica de balas ao (antigo) restaurante

Opinião

Raica Franz Weiss

Raica Franz Weiss

Da fábrica de balas ao (antigo) restaurante

Lajeado

O prédio histórico que, lá no início, conferiu o nome de tombado ao empreendimento, ficou vazio mais uma vez. Ali, há cem anos, funcionava uma antiga fábrica de balas, chocolates e caramelos.

No jornal O Labor, de 1916, há um anúncio da indústria de H. Sylvestre Gregory: “Executa-se qualquer encomenda de doces para casamento e outras festas – Cucas de mel, biscoitos, caramelos, balas e os novos Biscoitos König, recomendáveis a doentes e crianças por serem facilmente digestíveis – Única fábrica nesta localidade!”

Anos depois, Gregory vendeu a indústria para João Frederico Schaan. Ele foi prefeito de Lajeado de 1936 a 1943 e é quem dá nome à Biblioteca Municipal da cidade. Schaan administrou o negócio por muitos anos, até que encerrou as atividades da antiga fábrica de balas em 1954.

Apesar do fechamento, a tradição dos doces que nasceu ali continuou em outros locais do Vale do Taquari. Entre os funcionários de Schaan, esteve Amos Wallerius que, na década de 1940, fundou a antiga indústria de balas Wallerius em Arroio do Meio. Também foi funcionário Natalício Heineck, que depois iniciou a própria fabricação de balas e deu origem à Florestal e à Docile.

Há 50 anos, nova ponte no Arroio Estrela 

O governo de Estrela inaugurava uma nova ponte sobre o Arroio Estrela. A estrutura, feita em madeira, com um vão de 53 metros, conectava a rua Coronel Brito ao acesso ao então Estádio Municipal Walter Jobim. Hoje, o antigo campo de futebol está desativado, sob o nome de Estádio Aloysio Valentim Schwertner, sede por muitos anos do Estrela FC.

O corte da fita de inauguração da ponte foi feito em conjunto pelo vice-prefeito da época, Aloysio Schwertner, pelo presidente da câmara de vereadores, Orlando Schaeffer, e pelo esportista Eugênio Noll. Naquele tempo, a outra ponte sobre o Arroio Estrela (existente ainda hoje), que conectava a rua Coronel Müssnich com a Coronel Flores, inundava muito facilmente em períodos de chuva. A nova ponte, na Coronel Brito, tinha sido erguida dois metros acima. Hoje, no entanto, a ponte de madeira não existe mais.

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