As inundações no Rio Grande do Sul seguem causando impactos. Dos 497 municípios, 469 foram fortemente atingidos, sem mencionar mais de uma centena de mortes. O desastre, ouso dizer que o maior incidente climático da história do Brasil, ainda afeta o fornecimento de água tratada e de energia elétrica em centenas de milhares de imóveis.
Diante dessa tragédia que segue atingindo milhões de pessoas, escrevo este artigo para fazer uma reflexão importante do quão crucial está sendo a logística humanitária nesse momento de auxílio e de recuperação da dignidade de tantas famílias.
Para quem não conhece o termo “logística humanitária”, podemos compreendê-lo como uma área dedicada a atender demandas imediatas de uma população por meio de abastecimento de itens essenciais, como água, alimentos, produtos de higiene, remédios e cuidados de saúde.
Quando falamos de logística humanitária após a tragédia no Rio Grande do Sul, é possível identificá-la na distribuição de barcos, jet skis, caminhões e helicópteros disponibilizados para distribuir suprimentos e ajudar nos resgates da população. Nesse momento delicado, acredito que a entrega de doações alcançará áreas remotas, e a coordenação de esforços e transparência são essenciais para salvar milhares de vidas, além de estruturas físicas, como casas e empresas.
Apesar dos grandes desafios encontrados durante o trabalho de recuperação das cidades atingidas, afirmo que a logística humanitária vem desempenhando um papel primordial no êxito das iniciativas de suporte e reconstrução na região Sul. Por meio de um planejamento adequado e do uso inteligente de recursos disponíveis, está sendo viável assegurar a chegada da assistência à grande parte dos atingidos.
Apesar do futuro parecer assustador nessas condições, é imprescindível falar dos investimentos que serão realizados, juntamente com a implementação de medidas de sustentabilidade ambiental. Não vejo sentido em buscarmos progresso econômico sem considerar as futuras consequências e sem administrar de forma responsável os recursos naturais, garantindo, desse modo, que esse cenário não se repita.
Assim como no ano passado, quando enchentes atingiram o Vale do Taquari, os setores de transporte e logística, em conjunto com as empresas do Grupo Scapini e com parceiros da região mais uma vez mostraram valor e empenho em prol de um bem maior. Entendo que temos um compromisso social de grande importância a cumprir.
Ainda há muito o que fazer, mas estou confiante de que nós, cidadãos gaúchos, vamos unir nossas energias para ajudar nossos conterrâneos da melhor maneira possível.