O primeiro passo para socorrer empresas foi dado. Trata-se da liberação de R$ 4,5 bilhões como Fundo Garantidor de Operações (PGO) para micro, pequenas e empreendedores individuais via Pronampe.
É o que afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin durante encontro com empresários gaúchos na tarde desta segunda-feira, 27, em Caxias do Sul. Também responsável pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, é da equipe comandada por ele que se aguarda o formato de socorro financeiro para empresas de médio e grande porte.
Em visita ao RS, afirmou que o governo prepara uma Medida Provisória (MP), com uma linha de crédito no valor de R$ 15 bilhões. “O presidente Lula vai definir com o ministro da Fazenda essa questão de crédito às grandes empresas. Tenho certeza que vai surpreender positivamente a todos”, antecipou. A operação parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com o vice-presidente, será instalada um escritório emergencial da instituição para facilitar os trâmites para os contratos.
Alckmin foi recepcionado pelo governador Eduardo Leite e pelo ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta. A comitiva de autoridades públicas visitou empresas pela manhã e depois participou de uma reunião-almoço na Câmara da Indústria e Comércio (CIC) do município.
Os dirigentes empresariais da Serra e o governo do Estado apresentaram uma série de medidas e movimentos previstos para recuperar os negócios na localidade. O Vale do Taquari foi representado pelo presidente da CIC-VT, Angelo Fontana. Segundo dados extra-oficiais, o empecilho está no prazo de carência e no juros. Mesmos pontos que inviabilizaram o programa de amparo aos negócios depois da inundação de setembro passado.
Governo admite ter que fazer mais
O governo federal, por meio do ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta, admitiu em reunião na semana passada que o formato apresentado, com juros de 1,75% ao mês e carência de seis meses a um ano, não atendeu o esperado pelos empresários.
Para a segunda edição do sistema de crédito, os estudos prévios das equipes do governo federal, preveem quanto teria de ser o aporte financeiro da União para conseguir subsidiar o juros.
Esses cálculos são feitos pelo Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad. Com os números em mãos, parte-se para a elaboração da política pública de amparo às empresas. Não foi apresentado um prazo para isso.