Aplausos ao Exército

Opinião

Fabiano Conte

Fabiano Conte

Jornalista e Radialista

Aplausos ao Exército

As críticas iniciais foram reflexo da urgência e da necessidade imediata que a população sentiu em momentos de crise e para salvar vidas. No entanto, é importante e necessário reconhecer quando essas instituições, como o Exército, demonstram sua relevância e eficácia na resposta a desastres. O trabalho que o Exército Brasileiro está realizando na logística de distribuição de mantimentos, na limpeza das ruas e na construção de passadeiras e pontes temporárias é fundamental para a recuperação das áreas afetadas pela enchente no Vale do Taquari.

Essa mudança de opinião mostra uma atitude justa e equilibrada, reconhecendo os esforços e a importância das ações realizadas pelo Exército na região. A continuidade desse trabalho é essencial para que a recuperação prossiga de maneira eficiente e eficaz.

Orgulho de ser gaúcho

Em meio às dificuldades que assolam o país, o Rio Grande do Sul tem mostrado que, apesar das adversidades, o orgulho de ser gaúcho continua mais forte do que nunca. Conhecidos pelo bairrismo e pelo jeito muitas vezes considerado arrogante pelo resto do Brasil, os gaúchos provam que, quando a situação aperta, a união e a solidariedade se tornam protagonistas. Os gaúchos, que muitas vezes são vistos como os “donos da verdade” por sua forte personalidade, têm dado um exemplo de cooperação e trabalho em equipe. Movimentos de apoio comunitário, campanhas de arrecadação e iniciativas de ajuda mútua têm sido frequentes, mostrando que o espírito de coletividade está enraizado na cultura local.

Exemplo de atitude

Em uma demonstração de ação comunitária, os moradores de Travesseiro reconstruíram por conta própria a pinguela entre a rua 20 de Março e Daniel Ahne em apenas dois dias. Esse esforço voluntário tem sido replicado em outras cidades da região, como Canudos, onde a população também fez conexões por conta própria. A recente enchente que devastou várias áreas do Rio Grande do Sul deixou muitos bairros isolados e sem acesso a infraestruturas básicas. No entanto, a resposta das comunidades afetadas tem sido um exemplo notável de resiliência e colaboração.

 

Sem entender

A decisão do estado, do DAER e de empresas terceirizadas de interromper o único acesso à região alta, via Colinas e Roca Sales, para realizar obras de melhoria gera críticas e incompreensão. Com a mobilidade já prejudicada, a situação piora significativamente durante as obras. Os motoristas entendem a necessidade de melhorias na infraestrutura, mas não aceitam a interrupção total do acesso principal sem alternativas viáveis. As alternativas propostas, como os desvios por Coqueiro Baixo e Nova Bréscia, são consideradas pouco práticas pelos moradores devido à maior distância e às condições críticas de alguns trechos dessas rotas.

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