Mesmo sem ter a unidade de Lajeado atingida pela cheia, a Docile contabiliza 27 colaboradores que perderam tudo. Pelo menos, 150 tiveram perdas parciais. Além de auxiliar internamente, a empresa promove ações sociais para amenizar os impactos causados pelas últimas enchentes.
“Temos que fazer força para manter os negócios e os empregos. Trabalhar mais agora do que antes. Fazer sempre o nosso melhor”, afirma o sócio-diretor da Docile, Ricardo Heineck.
O psicológico da população atingida sofre abalos. “Temos o nosso comitê de crise para dar apoio a essas pessoas, com médicos, psicólogos. Ainda, distribuímos um produto que desperta sorrisos, levamos doces para as crianças que estão abrigadas em espaços públicos.”
Além de todos os problemas enfrentados pelos funcionários, a empresa enfrenta dificuldades na logística. “O que realmente está vendendo? Vamos focar nosso pessoal para essas linhas que estão tendo melhor saída, ver o que é mais importante e que vai fazer a diferença tanto no aspecto social, como nos demais. Quem está no papel de liderança precisa focar nisso, manter o negócio para manter os empregos.”
Heineck destaca que ainda não foi possível medir quantas moradias foram perdidas ou danificadas em todo o Vale e a possível falta de emprego que essa tragédia pode causar – situação que preocupa os empresários da região.
“Os empresários não atingidos precisam se envolver e apoiar no desenvolvimento regional. Primeiro, o ser humano precisa viver em comunidade, a gentileza faz muito mais bem para a gente do que para quem recebe. Numa tragédia como agora, cada vez mais espírito solidário com as pessoas.” E complementa, “precisamos agir juntos e não ter ações isoladas. Administrar os egos e ter uma visão comunitária muito forte neste momento.”
Sobre o projeto “Uma casa por dia”, Heineck descreve como desafiador. “Iniciativas que dependem de prefeituras em disponibilizar áreas e infraestruturas, precisam de uma gestão muito forte. Depende de muito recursos e de pessoas que possam contribuir.”
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