O município de Cruzeiro do Sul, um dos mais devastados com a última enchente que assolou o Vale do Taquari, uma semana após, contabiliza os prejuízos.
Conforme o prefeito João Dullius, o cenário é de destruição. “Imagens fortes, sonhos destruídos, uma realidade muito triste. Em meus 60 anos, ver uma situação como essa é lamentável. Você não vê mais nada, nem estradas, asfalto, casas, só vê destroços”. Comunidades não existem mais. “Bairros como, por exemplo, Bom fim, Passo de Estrela, São Miguel, Maravalha, Lopes, Desterro, completamente devastadas”.
São mais de um mil casas destruídas, em média, 40% do total de moradias de Cruzeiro do Sul e mais de 5,2 mil pessoas desalojadas em abrigos do município. “As que não foram destruídas, apresentam avarias. Tubulações inteiras da Corsan arrancadas, algumas localidades sem qualquer acesso por terra”.
Os postos de combustíveis todos foram atingidos pela cheia e, trabalham com estoque mínimo de produto. “Estamos aguardando recursos do Estado e da União para aquisição de combustível para abastecer os veículos que auxiliam no trabalho de reconstrução”.
Dullius lamenta as mortes ocorridas e município contabiliza oito óbitos reconhecidos por famíliares e, pelo menos, 12 pessoas ainda estão desaparecidas. “Esse número pode aumentar”. Destaca, ainda, o auxílio e suporte vindo de cidades vizinhas como, Bom Retiro do Sul, Santa Clara e Venâncio Aires”.
Cinco escolas foram destruídas pela agua. “Estamos tentando ver um espaço para relocar as crianças e retomar as atividades escolares para que os pais possam voltar a trabalhar e deixar seus filhos com segurança”.
Destinação de área para construção de novas moradias
“Em reunião com a Câmara de Vereadores, vamos procurarmos uma área e desapropriar. Precisamos dar um alento para essas pessoas que perderam tudo. Não vão faltar esforços para reconstruirmos nossa cidade. Estamos juntos no mesmo barco e, tenho certeza de que nossos vereadores vão nos apoiar”.
A reconstrução requer tempo e será por etapas. “É momento de vencermos mais uma etapa de forma gradativa. Estamos fortemente trabalhando e serei o último a pular desse barco e ele não vai afundar”, garante.
Em um momento como esse, Dullius reforça o poder do rádio como informador. “O rádio de pilha, a transmissão do A Hora foi fundamental para que pudéssemos ficar sabendo do que estava acontecendo. Se a Rádio A Hora não fosse a minha bengala, certamente não estaria mais de pé”, fala emocionado.
Contatos disponíveis
- Francisco – Defesa Civil – 51) 98184-7952 ou 51) 99348-7420;
- Prefeitura – 51) 3764-1144 ou 3764-1316.
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